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quinta-feira, 4 de março de 2010

Romance da seifa:
João de França


Valha-me a nossa Senhora,
E o milagroso São Gil,
Que cavaleiro é este,
Que me não deixa dormir.
Se tu és o João de França,
As portas te vou abrir.
Agarrou-o pela mão,
Ajudou-o a subir.
Chegou ao meio da escada,
Apagou-se-lhe o candil,
Levou-o para o quarto,
Ajudou-o a despir,
Deitou-o na sua cama,
Para com ele dormir.
- Tu que tens João de França,
Dantes não eras assim,
Três horas já são passadas,
Sem te virares para mim,
Se tens medo aos meus criados,
Não são homens para ti,
Se tens medo ao meu marido,
Longe terras está daqui.
Eu não sou o João de França,
A quem tu queres mais que a mim,
Eu sou o teu marido,
Que está ao pé de ti.
- Mata, mata meu marido,
Que eu morte bem mereci.

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