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quarta-feira, 17 de março de 2010

Angelina

Angelina, ó Angelina
Hoje se aparta o teu guerreiro,
A Palestina me chama,
Adeus que eu sou cavaleiro.
Sinto muito os teus choros,
E nas tuas lágrima creio,
Considero que és novinha,
Tenho medo e receio,
Não a receis Afonso,
Nada tens que a recear,
Que tu vivas, que tu morras,
Outro não me há-de lograr.
Tuas sombras me apareçam,
Se eu quebrar meu juramento,
Sentem-se comigo à mesa,
No dia do casamento,
Estando à hora do jantar,
Com graças à noiva bela,
Entrou desconhecido,
E foi-se a sentar ao pé dela,
Angelina treme, treme,
Treme, treme ó Angelina,
Não te lembras do teu homem,
Que morreu na Palestina!
Os olhos da Angelina,
Ais Jesus tão lindos são!
Veio Afonso e levou-as,
Ficou viúvo o João.
O João ficou viúvo,
Ficou viúvo o João!
Foram os dois para o inferno,
Que até corta o coração.

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