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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Capítulo 23:
Causas da Conquista de Ceuta

Portugal, estava com fome,
Tinha falta de cereais,
O que o tornava mais pobre,
Era a ausência de metais,

Pensou em conquistar Ceuta,
Muito rica em cereais,
Era um ponto estratégico,
Tinha escravos e metais.

Estava bem situada,
No estreito de Gibraltar,
O mar era uma estrada,
Para os barcos passar.

A Ceuta confluíam,
As rotas comerciais,
Da Índia elas traziam,
Especiarias e metais.

Foi fácil de conquistar,
Pois não houve violência,
Pois os soldados de Ceuta,
Não ofereceram resistência.

Foi fácil de conquistar,
Ceuta e todo o seu espaço,
Mas em termos económicos,
Ceuta foi um fracasso.

Os muçulmanos espertos,
Mercadores sabichões,
Desviaram o comércio,
Para outras regiões.

Cruzaram outras cidades.
As rotas comerciais,
Os campos em volta de Ceuta,
Não produziam cereais.

Manter as tropas em Ceuta,
Assegurava a defesa,
Mas não havia proveito,
Mas sim enorme despesa.

Havia guerras constantes,
Mais parecia um castigo,
Os campos que eram férteis,
Deixaram de produzir trigo.

Em Ceuta foram armados,
Numerosos cavaleiros,
Que mais tarde vieram a ser,
Experientes marinheiros.
Ferreira Augusto

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Capítulo 22: 
Motivos da Expansão Portuguesa

As classes sociais,
Grupos com muita ambição,
Todos estavam interessados,
No apoio à expansão.

O clero estava,
Interessado na expansão,
Queria expandir a fé,
Para outra região.

Combater os infiéis,
Era a sua missão.
Evangelizar outros povos,
Inimigos da nação.

A nobreza também estava,
Interessada na guerra,
Enriquecer pelo saque,
E conquistar novas terras.

O povo também estava,
Interessado na saída,
Adquirir novos cargos,
E melhorar sua vida.

A burguesia estava,
Desejosa em enriquecer,
E em terras distantes,
O comércio desenvolver.

O próprio Rei estava,
Interessado na expansão,
Para mostrar sua grandeza,
Também sua afirmação.


Ferreira Augusto

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Capítulo 21:
Condicionalismos da Expansão  Portuguesa

A Expansão Portuguesa,
Não foi feita ao acaso,
Portugal tinha condições,
Nestas quadras as narro.

As condições geográficas,
Com muitos portos de mar,
Fizeram os portugueses,
Outras terras alcançar.

Portugal já possuía,
Instrumentos de navegação,
Marinheiros instruídos,
Para a grande expansão.

Bússola e Astrolábio,
Dos árabes herdados,
Portulanos e quadrantes,
Foram aperfeiçoados.

Mediam com perfeição,
A altura da estrela polar,
Aperfeiçoaram a Balestilha,
E cartas de mariar.

Com os instrumentos náuticos,
Navegando em largo mar,
Mediam com precisão,
Os portos a alcançar.

Dom Dinis e Dom Fernando,
Foram dois Reis mercadores,
Com a companhia das naus,
E a bolsa de mercadores.

A bolsa de mercadores,
Criada por Dom Dinis,
Costeou muitos náufragos,
Fez muita gente feliz.

A companhia das naus,
O Rei Fernando criou,
Mandou navios para o mar,
O mediterrâneo explorou.

Desenvolveram a marinha,
A pesca de cabotagem,
Pelo mar mediterrâneo,
Fizeram muita viagem.

Os marinheiros Portugueses,
Aperfeiçoaram as velas;
Muitos instrumentos náuticos,
Muitas naus e caravelas.


Ferreira Augusto

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Capítulo 20: 
As Causas Sociais da Crise de 1383-85

Dom Fernando o formoso,
Com Leonor Teles casou,
Por ver o país em crise,
Fortes medidas tomou.

Formulou fortes medidas,
Que ele próprio fez respeitar.
Ociosos e malandros,
Obrigou a trabalhar.

Quem tivesse muitas terras,
Conforme a tradição,
Tinha de lavrar a terra,
Não teria outra profissão.

Quem tivesse duas juntas,
Ou terras para lavrar,
Não teria outra função,
Se não da terra tratar.

Dom Fernando governou,
Alguns anos muitos dias,
Dom Fernando formulou,
As leis, das Sesmarias.

Obrigou a trabalhar,
A terra a quem a tinha,
Mandou trabalhar malandros,
Óh quantos no Reino havia!

Quem tivesse muitas terras,
Tinha de ser lavrador,
Quem tivesse muito gado,
Tinha de ser pastor.

O Rei Fernando casou,
Com a Dona Leonor,
Dona Beatriz nasceu,
Fruto desse grande amor.

Fruto desse grande amor,
Nasceu Dona Beatriz,
Casou com um rei estrangeiro,
Não vivia no país.

Leonor era Espanhola,
Mas foi Rainha portuguesa,
Toda a vida contestada,
Pelas hostes da nobreza.

João de Castela queria,
O nosso trono Real,
Ensaiou as suas tropas,
E invadiu Portugal!

A nobreza Portuguesa,
Sempre se mostrou queixosa,
Quando morreu Dom Fernando,
Pôs na rua a Lei Voza.

Dom Fernando o formoso,
Adorava a Leonor,
Mas o povo português,
Não lhe dava qualquer valor.

No tempo de Dom Fernando,
Portugal, sentia fome,
Sem deixar um filho varão,
Dom Fernando também morre.

Fernão Lopes Cronista,
Não houve outro em Portugal,
Descreveu factos verídicos,
Da história medieval.

Lisboa esteve cercada,
Pelas tropas de Castela,
Fernão Lopes descreveu,
O começo e fim da guerra.

Fernão Lopes cronista,
O cerco descreveu,
A fome e o sofrimento,
Que aquele povo viveu.

Lisboa esteve cercada,
Pelas tropas castelhanas,
Fernão Lopes descreveu,
Fracas e heróicas façanhas.

Fernão Lopes bom cronista,
Não escreveu nada à toa.
Escreveu com pormenores,
Todo o cerco de Lisboa.

Quando morreu Dom Fernando,
Não tinha um filho varão,
Beatriz queria o trono,
Instalou-se a confusão.

Dom João e seus homens,
Invadiram Portugal,
Quer no norte, quer no sul,
As coisas correram mal.

Dom João foi derrotado,
Ele e os seus cavaleiros,
Nas batalhas de Trancoso,
Valverde, e Atoleiros.

Lisboa se revoltou,
Contra o inimigo estrangeiro,
Foram ao paço da Rainha,
E mataram o Conde Andeiro.

O povo acudiu ao paço,
Aos gritos de Álvaro Pais,
Expulsaram Leonor,
Em Portugal nunca mais!

João de Castela queria,
O trono de Portugal,
Mas no termo de Aljubarrota,
O desastre foi fatal.

O desastre foi fatal,
Graças a uma padeira,
E às tropas bem armadas,
De Nuno Álvares Pereira.

Nuno Álvares Pereira,
Um comandante notável,
Derrotou os Castelhanos,
Ficou o Contestável.

O Doutor João das Regras,
Homem, culto bom juiz,
Aclamou rei de Portugal,
Dom João o Mestre de Avis.

Assim ficou Dom João,
A governar o país,
Foi aclamado Rei,
Ficou o Mestre de Avis.

João o Mestre de Avis,
Um Rei de boa memória,
Assim, salvou Portugal,
De ir para a coroa Espanhola.

Portugal estava em crise,
Mas que crise social,
Para sair dessa crise,
Precisava de metal.
Ferreira Augusto