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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Capítulo 53:
O 25 de Abril

Os capitães prepararam,
Um golpe muito em segredo,
Salgueiro Maia e Otelo,
Foram capitães sem medo.

Salgueiro Maia e Otelo,
Capitães de barba dura,
Fizeram o vinte e cinco de abril,
Derrubaram a ditadura.

Dia vinte e cinco de abril,
Dia de muita alegria,
Derrubou-se a ditadura,
Implantou-se a democracia.

Os capitães de abril,
Foram muito acarinhados,
O povo colocou cravos,
Nas armas desses soldados.

O vinte e cinco de abril,
Revolta inesquecida,
Pela revolta dos cravos,
Ficou assim conhecida.

O vinte e cinco de abril,
É assim comemorado,
Derrubou-se a ditadura,
Ficou um dia feriado.

Mais outra Constituição,
Foi agora elaborada,
Aboliu-se a do Estado Novo,
Que já estava ultrapassada.

Pensaram os capitães,
Sem medir as consequências,
A todas as colónias,
Darem agora a independência.

Os africanos contentes,
Começaram a entrar,
Nas casas dos portugueses,
E os seus bens saquear

Os portugueses indefesos,
Tiveram de abalar,
Chegaram a Portugal,
Com suas mãos abanar.

Chegaram os retornados,
Sem trazer nada na mão,
Culpavam os capitães,
Por esta situação.

Os capitães não souberam
Negociar a independência,
Através do diálogo,
Evitavam a violência.

Vieram embora sem nada,
Os seus bens foram perdidos,
Em hotéis e restaurantes,
Alguns foram recolhidos.

No continente africano,
Nasceram novos Países,
Seus habitantes ficaram,
Alegres muito felizes.

Nasceram alguns Países,
Moçambique e Guiné,
A majestosa Angola,
Cabo-verde e São Tomé.

A Indonésia agressiva,
Timor leste ocupou,
Durante bastante tempo
Os seus bens explorou.

Timor, é um País novo,
Lutou de armas na mão,
Deve a sua independência
A Ramos Horta e Gosmão.

Macau também era nosso,
E como estava combinado,
Foi entregue aos chineses,
No dia marcado.

O regime de Salazar.
Era um regime opressor,
Não deixava comemorar
O dia do trabalhador.

Dia primeiro de maio,
É agora comemorado,
O dia do trabalhador,
Tornou-se um dia feriado.

No ano de setenta e cinco,
Houve livres eleições,
Concorreram os partidos,
Sem haver contestações.

Houve livres eleições,
Todos puderam votar,
Neste ou naquele partido,
Para Portugal governar.

A nova Constituição,
Garantia aos nacionais,
Os direitos e deveres,
As liberdades fundamentais.

A liberdade, sindical,
Liberdade de associação,
O direito ao trabalho,
Também à educação.

Com o vinte e cinco de abril,
Todos os portuguese,
Através de eleições,
Escolhiam seus presidentes.

Pela nova Constituição,
Todos éramos iguais,
Mas no presente momento,
Os pobres são muito mais.

Existem vários órgãos,
Que estão no poder central,
E tomam decisões,
Comuns a todo o Portugal.

São órgãos de soberania,
Que estão no poder central,
Presidente e governo,
Assembleia e o tribunal.

O presidente da República,
Eleito por cinco anos,
Escolhido pelos cidadãos,
Maiores de dezoito anos.

O primeiro-ministro,
Por quatro anos eleito,
Para não ser contestado,
Tem do trabalho ser feito.

Madeira e os Açores,
São ilhas de Portugal,
Apesar de serem autónomas,
Dependem do poder central.

As regiões autónomas,
Dependem do poder central,
Têm governo próprio,
Assembleias, governo geral.

A Assembleia Regional,
Faz as leis da Região,
O Governo Regional,
Manda em todo o cidadão.

A Constituição de setenta,
Criou o poder local,
Exercido pelas câmaras,
De norte a sul de Portugal.

São três os principais
Órgãos do poder local,
Município e assembleia,
Câmara municipal.

Os cidadãos, do Concelho,
Elegem por simpatia,
O presidente da câmara,
E da junta de freguesia.

O presidente da Câmara,
Tem como obrigação,
Resolver os problemas,
De toda a região.

O presidente de câmara,
Ou junta da freguesia,
Resolvem os problemas
Do povo no dia-a-dia.

Têm como obrigação,
Caminhos e estradas arranjar,
Para todo o cidadão,
Nelas bem poder passar.

Saneamentos e escolas,
Põem tudo no seu lugar,
Torneiras ou lâmpadas,
Quando a luz ou água faltar.

Zelam pelo ambiente,
Fazem toda a limpeza,
Protegendo o ambiente,
Dão saúde à natureza.

Compete ao presidente,
Mandar reparar pavilhões,
Jardins, pontes e açudes,
Licenças para construções.

Ferreira Augusto