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segunda-feira, 9 de abril de 2018


Capítulo 37: 
Dona Maria Primeira e Dom Pedro Terceiro

Quando morreu Dom José,
No reino paz havia,
O trono do reino herdou,
A sua filha Maria.

Maria Primeira era,
Filha do Rei Dom José,
Ao poderoso Pombal,
Conseguiu bater o pé.

Quando morreu dom José,           
Maria herdou o trono,
Maria enlouqueceu,
Ficou um reino sem dono.

Maria a Piedosa,
Com o seu tio casou.
Governaram e desgovernaram,
O País para trás andou.

O rei Dom Pedro Terceiro,
Irmão do rei Dom José,
Venerou muitas santinhas,
Foi sacristão com muita fé.

O rei Dom Pedro Terceiro,
Era um fiel cristão,
Por não largar as igrejas,
Puseram-lhe o sacristão.

Era o filho mais novo,
Do Rei Dom João Quinto,
De toda a família,
Ele era o favorito.

O Rei Dom Pedro Terceiro,
Sempre odiou  Pombal,
Por expulsar os jesuítas,
Do reino de Portugal.

Maria a Piedosa,
Dom Pedro o piedoso,
Ficou assim conhecido,
Por ser muito religioso.        

O rei Dom Pedro Terceiro,            
Casou com dona Maria.
Era um rei muito feliz,
No meio da fidalguia.

A ordem dos jesuítas,
Expulsa por Pombal,
Dom Pedro, autorizou,
Seu regresso a Portugal.

Por vezes era um santo,
Outras vezes um demónio,
Deram-lhe o cognome,
De Pedro o Capacidónio.

Quando dom Pedro morreu,
Maria a piedosa,
Com pena enlouqueceu,
Tristonha e desgostosa.

A morte de Dom Pedro,
Afetou o poder real,
Maria enlouqueceu,
Ó que loucura infernal.

Maria enlouqueceu,
Passou uma vida infernal,
Foi a primeira “rainha”,
Que tivemos em Portugal.

Maria enlouqueceu,
Não foi rainha perfeita,
Tirou poderes ao Pombal,
Que era a sua mão direita.

Maria enlouqueceu,
Seu destino assim quis,
Governou e desgovernou,
Não foi rainha feliz.

Pombal entrou em desgraça,
Maria Primeira assim quis,
Por ele hoje o povo chama,
Pombal  volta ao País.

Maria enlouqueceu,
Seu destino foi fatal,
Dom João ficou regente,
Do trono de Portugal.
Ferreira Augusto

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Capítulo 36: 
Reformas Pombalinas

O Marquês tomou medidas,
Muitas medidas sociais;
Que na história Portuguesa,
Ninguém esquece jamais.

Acabou com privilégios,
Que na sociedade havia;
Tirou poderes à nobreza,
Deu títulos à burguesia.

O clero e a nobreza,
Souberam enriquecer,
Mas o Marquês de Pombal,
Retirou-lhes o poder.

Os jesuítas foram expulsos,
Do Reino Português,
Os Távoras foram executados,
Sobre a ordem do Marquês.               

Expulsou os jesuítas,
Os jesuítas expulsou,
Com grande brutalidade,
Os seus bens confiscou.

Os Távoras eram nobres,
Com prestígio em Portugal,
Tentaram matar o Rei,
Seu destino foi fatal.

Pombal foi um bom Ministro,
Ministro de punho forte,
Expulsou os jesuítas,
Condenou nobres à morte.

Pombal, foi um bom Ministro,
Não houve outro no País,
Reformou a sociedade,
O povo ficou feliz.

O povo hoje chama,
Bem alto pelo Marquês.
Volta, volta a Portugal,
Eles andam por cá outra vez.

Os “Távoras” andam por cá,
Levam uma vida de lordes,
Andam de barriga cheia,
Escamoteando a dos pobres.

O Marquês criou reformas,
Que ninguém vai esquecer mais,
Para desenvolver o comércio,
Fez reformas comerciais.

Para desenvolver o comércio,
Criou fortes companhias,
Que tinham o Monopólio,
De certas mercadorias.

As vinhas do Alto-Douro,
Que muito bem soube cuidar,
Parte delas hoje estão perdidas,
E os vinhos por escoar.

As vinhas do Alto-Douro,
O Marquês soube cuidar,
Mas as pescas do Algarve,
Alvoroçaram o mar.

Pernambuco e Baía,
Grão-Pará e maranhão,
Controlavam o comércio,
De tabaco, açúcar e algodão.

As Industrias que criou,
Deram fama ao mundo Inteiro,
As de agora estão falidas,
Outras são do Estrangeiro.

Amoreiras, amoreiras,
Pombal mandou plantar,
Para o fabrico de seda,
E não ter que a importar.

Fomentou a indústria,
De artigos portugueses,
Para deixar de importar,
Os artigos ingleses.

Industrias de sabões e sedas,
Deram fama ao mundo inteiro,
Mas as de louças de vidro,
Invejaram o estrangeiro.

Uns trabalhavam no campo;
Outros no artesanato,
A burguesia no comércio,
Por vezes enxia o saco.

Neste tempo na Europa,
Deu-se mais uma conquista,
Na Europa apareceu,
A Doutrina iluminista.

Foram meios difusores;
Das ideias iluministas;
Enciclopédia e cafés,
Salões, jornais e revistas.

Também as academias,
E a universidade,
Difundiram a cultura,
Por toda a sociedade.

A cultura em Portugal,
Estava muito atrasada,
O índex proibia,
A inquisição condenava.

O índex proibia,
Que os livros fossem lidos,
A inquisição condenava,
Os leitores atrevidos.

Ribeiro Sanches e Verney,
Eram dois homens letrados,
Conhecidos em Portugal,
Como dois estrangeirados.

As ideias iluministas,
Também chegaram a Portugal,
E foram postas sem prática,
Pelo Marquês de Pombal.

Muitas escolas menores,
Pombal mandou erguer,
Onde os filhos dos burgueses,
Iam aprender a ler.

Também a universidade,
Pombal mandou reformar,
Criou novas disciplinas,
E novos métodos de estudar.

Era muito competente,
O bom Marquês de Pombal,
Ele mudou profundamente,
A história de Portugal.

Pombal foi um bom ministro,
Bom ministro de Estado,
Por uns era pretendido,
Por outros foi odiado.

Sebastião Carvalho e Melo,
Com Teresa se casou,
Passado alguns anos,
O Marquês enviuvou.

O Marquês enviuvou,
Também sofreu sua dor,
De novo ele casou,
Com a dona Leonor.

Volta Marquês a Portugal,
Os corruptos condenar,
Eles voltaram de novo,
Não fazem senão roubar.
 Ferreira Augusto