Translate

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Capítulo 32: 
O Mercantilismo

Muito ouro e muita prata,
Deve acumular no cofre,
Assim fica um Estado rico,
E faz inveja ao Estado pobre.

O Conde da Ericeira,
Quis desenvolver a nação,
Criou muitas manufacturas,
De tecidos de algodão.

O Conde da Ericeira,
O Colbert Português,
Criou bastantes barreiras,
Contra o tecido inglês.

A Lei das pragmáticas,
Obrigava os Portugueses,
A vestir panos do Reino,
E não tecidos ingleses.

Dom Pedro não apoiou,
A industria nacional,
Comprava ao estrangeiro,
Lá se ia o capital.

O Tratado de Methuen,
Por Dom Pedro assinado,
Beneficiou a Inglaterra,
Prejudicou o nosso Estado.

Os bons vinhos portugueses,
Os ingleses bebiam.
Os tecidos ingleses,
Os Portugueses vestiam.

Para o dinheiro não sair,
Do País para o Estrangeiro,
Obrigavam as pessoas,
A vestir panos do Reino.

Tecidos de alto luxo,
Portugal sempre importou,
Vinham da Inglaterra,
Com isso ela ganhou.

Livremente nos dois Reinos,
Estes produtos entravam,
Os portuguese perdiam,
Os Ingleses ganhavam.

Muito metal amarelo,
A Portugal chegava,
Mas esse metal precioso,
Do Reino logo voava.

O Tratado de Methuen,
E o ouro do Brasil,
Levaram à decadência,
Da actividade mercantil.

O Rei Dom Pedro não quis,
Criar medidas duras,
Assinou esse tratado,
Faliram as manufacturas.

O Rei Dom Pedro viu morrer,
As indústrias que criou,
Por isso deixou seu reino,
Decadente como o encontrou.

No Antigo regime,
Há mais de trezentos anos,
Portugal entrou em crise,
A culpa foi dos soberanos.

O século dezassete,
Fez a Europa tremer,
Houve fome peste e guerra,
Portugal, soube vencer.

Incrementou-se a arte,
Arte manufactureira,
Criaram-se as pragmáticas,
E forte taxa aduaneira.

Aplicou-se esta doutrina,
Que não deu bom resultado,
Doutrina Mercantilista,
Faliu sem ter começado.

Dom Duarte o Eloquente,
João terceiro, Piedoso,
Cardeal Henrique o Casto,
João quarto o Vitorioso.
Ferreira Augusto

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018


Canção do Dá-lá-dou

Óh Aidinha,
Tu óh querinha, ou,
Então tu para onde vais?
Ora dá-lá-dou.

 - Óh Ai anto,
Olha que eu vou para o campo, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai er,
O que vais lá tu fazer, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai acas,
Olha que eu vou com as vacas, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai enda,
Tu levas boa merenda, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai iça,
Eu levo pão com chouriça, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai ado,
Tu levas o teu namorado, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai ós,
Tu podes vir para ao pé de nós, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai ado,
Tenho de ir a ter ao gado, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

- Óh Ai anha,
Então até amanhã, ou,
Queridinha regalada,
Ora dá-lá-dou.

(Canção característica dos pastores de Vinhais)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018