O
Mercantilismo
Muito
ouro e muita prata,
Deve
acumular no cofre,
Assim
fica um Estado rico,
E faz
inveja ao Estado pobre.
O Conde
da Ericeira,
Quis
desenvolver a nação,
Criou
muitas manufacturas,
De
tecidos de algodão.
O Conde
da Ericeira,
O
Colbert Português,
Criou
bastantes barreiras,
Contra o
tecido inglês.
A Lei
das pragmáticas,
Obrigava
os Portugueses,
A vestir
panos do Reino,
E não
tecidos ingleses.
Dom
Pedro não apoiou,
A
industria nacional,
Comprava
ao estrangeiro,
Lá se ia
o capital.
O Tratado
de Methuen,
Por Dom
Pedro assinado,
Beneficiou
a Inglaterra,
Prejudicou
o nosso Estado.
Os bons
vinhos portugueses,
Os
ingleses bebiam.
Os
tecidos ingleses,
Os
Portugueses vestiam.
Para o
dinheiro não sair,
Do País
para o Estrangeiro,
Obrigavam
as pessoas,
A vestir
panos do Reino.
Tecidos
de alto luxo,
Portugal
sempre importou,
Vinham
da Inglaterra,
Com isso
ela ganhou.
Livremente
nos dois Reinos,
Estes
produtos entravam,
Os
portuguese perdiam,
Os
Ingleses ganhavam.
Muito
metal amarelo,
A
Portugal chegava,
Mas esse
metal precioso,
Do Reino
logo voava.
O Tratado
de Methuen,
E o ouro
do Brasil,
Levaram
à decadência,
Da
actividade mercantil.
O Rei
Dom Pedro não quis,
Criar
medidas duras,
Assinou
esse tratado,
Faliram
as manufacturas.
O Rei
Dom Pedro viu morrer,
As
indústrias que criou,
Por isso
deixou seu reino,
Decadente
como o encontrou.
No
Antigo regime,
Há mais
de trezentos anos,
Portugal
entrou em crise,
A culpa
foi dos soberanos.
O século
dezassete,
Fez a
Europa tremer,
Houve
fome peste e guerra,
Portugal,
soube vencer.
Incrementou-se
a arte,
Arte
manufactureira,
Criaram-se
as pragmáticas,
E forte
taxa aduaneira.
Aplicou-se
esta doutrina,
Que não
deu bom resultado,
Doutrina
Mercantilista,
Faliu
sem ter começado.
Dom
Duarte o Eloquente,
João
terceiro, Piedoso,
Cardeal
Henrique o Casto,
João
quarto o Vitorioso.
Ferreira Augusto