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quinta-feira, 25 de março de 2010

António José Pinheiro

António José Pinheiro
Foi com seu pai para trabalho,
Por tão pouca discussão,
Deixou o seu pai degolado.
Foi para casa como fera,
Minha mãe deu-me dinheiro,
Quero-me ir daqui para fora,
Embarcar para o estrangeiro.
Eu dinheiro não o tenho,
Deixa vir o teu paizinho,
Ele to pode ir arranjar,
O meu pai já não mo arranja,
Morto ficou no pinhal,
Se a senhora não mo dar,
Eu vou-lhe fazer igual.
Valha-me Deus quem me acode,
Aqui não tenho vizinhos,
Que me mata este malvado,
Que eu criei com mil carinhos.
Entra o povo sem demora,
Pela casa empolvorido,
Encontraram a mulher morta,
E o filho tinha fugido.
Cercaram a povoação,
Para prender o malvado,
Foram dar com ele num palheiro,
Ainda toda ensanguentado.

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