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quinta-feira, 25 de março de 2010

Emília Traidora

O dia 5 de Outubro,
Este caso aconteceu,
Um filho matou a mãe,
Sete facadas lhe deu.

Ele andava de namoro,
Com uma tal chamada Emília,
Sua mãe o repreendeu,
Tira-te dessa má vida.

Foi para junto da Emília,
Aos pés dela a chorar,
Ó Emília ó Emília,
Eu venho cá para te deixar.

Ó Emília ó Emília,
Eu venho cá para te deixar.
Minha mãe me repreendeu,
Por te andar a namorar.

Tu que me dizes António,
Tu que me estás a contar,
Toma lá este punhal,
Tua mãe irás matar.

Ajoelhe-se minha mãe,
Faça a confissão geral,
Não me mates ó António,
Não me mates ó traidor.

Nove meses eu te trouxe,
No ventre com tanta dor,
Palavras não eram ditas,
Punhal do bolso tirou.

Ele matou sua mãe,
Sete facadas lhe deu.
Ó Emília ó Emília,
Ò Emília ó malvada.

Eu matei a minha mãe,
Por causa da namorada.
Ó Emília, ó Emília ó traidora,
Eu matei a minha mãe,
Foste tu a causadora.

Ó Emília ó Emília,
Tu não tiveste paixão,
Sete facadas lhe deu,
Nas veias do coração.

Adeus sol, adeus lua,
Adeus tanques de água fria,
Aonde eu me ia lavar,
A toda a hora do dia.

Adeus sol, adeus lua,
Adeus fontes de beber,
Adeus Emília traidora,
Que não te volto a ver.

2 comentários:

Rui Sludge disse...

Olá, após muito procurar esta música que a minha mãe me cantava em pequeno e com muita lágrima minha à mistura,encontrei e com muita satisfação o seu blog, pelo que desde já o felicito.
Gostaria de deixar aqui as quadras que são muito semelhantes para eventuais interessados tal como eu a possam encontrar isto se não houver inconveniente da sua parte.
Assim:

António foi ter com a Emília
Todo o caminho a chorar
Emília oh meu amor
Emília vou-te deixar
Minha mãe já me ralhou
de te andar a namorar.

António oh meu amor
Sem ti não posso viver
Sem ti não posso passar
Por amor de Deus te eu peço
Que a tua mãe vás matar.

Um anjo do céu ouviu
À cama a foi avisar
Levanta-te oh desgraçada
Teu filho vem-te matar.

Levante-se oh minha mãe
Faça a confissão geral
Os dias de sua vida
Estão aqui neste punhal.

Não me mates oh meu filho
Uma mãe que te criou
Nove meses te trousse no ventre
Gerado com tanta dor.

Já não me lembra o passado
Nem o que estou pra passar
Não me vou daqui embora
Sem seu coração levar.

Anda-me ver oh Emília
Às grades desta prisão
O meu corpo é um gelo
Minha cama é no chão.

Emília oh Emília, Emília oh traidora
Eu matei a minha mãe
Foste tu a causadora.

Na campa da minha mãe
Plantei umas urtigas
Olha o que os rapazes fazem
Por causa das raparigas.

Atenciosamente, Rui Lamas

Abílio César Tiago de Sá disse...

Também me recorda aquando das ceifas em trás-os-Montes, ouvir cantar esta canção:

Oh Emília, oh Emília,
Oh Emília oh traidora
Eu matei a minha mãe
Foste tu a causadora..