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quarta-feira, 17 de março de 2010

Carolina

Carolina ao fim do almoço,
Sua casinha arrumou,
Veio sua mãe de fora,
Colher couves a mandou.
Colher couves a mandou,
Ainda a está a mandar,
Vai buscar couves à horta,
Para fazer o jantar.
Chegou ao meio da rua,
Joaquim lhe perguntou:
- Onde vais ò Carolina,
Onde vais que eu também vou?
- Onde vais ò Carolina,
Onde vais que eu também vou?
- Vou buscar couves à horta,
Que minha mãe me mandou,
Que me mandou,
Ainda me está a mandar,
Vou buscar couves à horta
Para fazer o jantar.
Chegou ao meio da horta,
Ele um beijo lhe pediu,
Virou a cara para um lado,
Fazendo que não ouviu.
Chegou ao cabo da horta,
Deitou-lhe o braço por cima,
Senta-te aqui a meu lado,
Senta-te aqui Carolina.
Senta-te aqui Carolina
Senta-te aqui a meu lado,
Eu quero que ouças,
Este meu palavreado.

O palavreado dos homens,
Farta estou de o saber!
Não é pelo ter usado,
Tenho-o ouvido dizer!
Lá te vai esta facada!
Direita ao coração!
Já que não casas comigo,
Não casas com outro não!
Lá te vai esta facada
Lá te vai devagarinho,
Já que não casas comigo,
Não casas com o Antoninho!
A morte que tu levas-te,
Devia a levar tua mãe,
Já que não casas comigo,
Não casas com mais ninguém!

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