Translate

quarta-feira, 10 de março de 2010


Romance da ceifa:
Condaninho

Lá se vai o Condaninho,
Seu cavalo vai banhar,Enquanto o cavalo bebe,
Forma-lhe um lindo cantar.
Bebe, bebe, meu cavalo,
Deus te defenda do mal,
Ouvira-o a filha del rei,
De alto palácio real.
Acorda-o ó bela Infanta,
Se queres ouvir cantar,
Ou são os anjos no céu,
Ou a sereia no mar.
Nem são os anjos no céu,
Nem a serei do mar,
É pois ele o Condaninho,Que comigo quer casar,
Se é pois ele o Condaninho,
Vou já mandá-lo matar!
Se a ele o mandas matar,
A mim me mandas degolar,
A ele enterra-o na igreja,
E a mim ao pé do altar.
Um morreu, outro morreu,
Foram ambos a enterrar,
De um nasceu um pinheirinho,
Do outro um pinheiral.
A rainha de traidora,
Logo os mandou cortar,
De um saia leite claro,
Do outro sangue real.
De um saiu uma pombinho,
Do outro um pombo trocal.
Um voou outro voou,
Atravessaram o mar.
Um voou outro voou,
No céu se foram juntar.

Sem comentários: