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terça-feira, 23 de março de 2010

A avarenta

Havia um homem rico,
Mas logo enviuvou,
Casou com uma mulher pobre,
Ela soberba tomou.
Quinta feira de ascensão,
Da semana que há-de vir,
Apareceu um pobrezinho,
Num doloroso pedir,
Ele como era homem bom,
Comovido de compaixão,
Foi lá dentro e cortou,
Um bocadinho de pão,
Veio uma fera depressa,
Da mão lho foi a tirar,
Foi o deitar à caldeira,
Por ela o não precisar.
- Anda cá ó meu marido,
Anda cá se queres ver.
Uma caldeira sem água,
Cheia de sangue a ferver.
- Ó mulher tu és má,
Tu não vais ter mais perdão.
Metes-te a alma no inferno,
Por um bocado de pão.

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