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quarta-feira, 10 de março de 2010


Deixa-me ir dormir contigo

Eu venho de lá de baixo,
De regar o laranjal,
Trago aqui quatro folhinhas,
Para a barra do teu avental.
Para a barra do teu avental,
Para a roda do teu vestido,
Priminha eu vou para a guerra,
Quando voltar caso contigo.
Deixa-me ir dormir contigo,
Que uma noite, não é nada,
Eu entro pelas escuras,
Saio pela madrugada.
Nem entras pelas escuras,
Nem sais pela madrugada.
Eu sou rapariga nova,
Não quero ser difamada.
Tu não vais dormir comigo,
Nem tu, nem mais ninguém,
Não quero dar um desgosto,
Ao meu pai e à minha mãe
.

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