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terça-feira, 9 de março de 2010

João Brandão

Lá andava João Brandão,
Á sombra do seu loureiro,
Andava jogando a bola,
Com a cabeça do ferreiro.

De sete mortes que fiz,
Só de uma tenho pesar,
De matar uma criança,
Que estava sem baptizar.

De sete mortes que fiz,
Só de uma tenho paixão,
De matar um inocente
Com um punhal de ouro na mão.

Uma vez que o matei,
Cem vezes me arrependi.
Quando o punhal lhe enterrei,
Ficou-se a rir para mim.

Eu tive de noite um sonho,
Horas a cada instante,
De ver aquele sorrir de amor,
Aquela estrela brilhante.

1 comentário:

Anónimo disse...

Incrível. Minha avó falava-me de João Brandão e dizia a primeira quadra. Lembrei disso, procurei e achei.