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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Sou ceguinha de nascença

Sou ceguinha de nascença,
Assim não posso viver,
Minha paixão é imensa,
Quem me dera morrer.

Dizeis que eu fui condenada,
Eu não fiz mal a ninguém,
Minha paixão é imensa,
Não conhecer pai nem mãe.

Não conheço pai nem mãe,
Nem quem me havia de criar.
Só conheço as avezinhas,
Pelo seu lindo cantar.

Não conheço pai nem mãe,
Nem neste mundo parentes,
Sou filha das tristes ervas,
Neta das aguas correntes.
Eu ouvi dizer um dia,
Que era azul a cor do céu,
Mas cria vê-lo e não posso,
Triste sorte Deus me deu.

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