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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Romance da ceifa:

Duque de Alba

Tristes novas, novas tristes,
Corridas vão por Sevilha,
Que se casa o Duque de Alba,
Com dama de grande valia.
Perguntara-lhe uma aia,
Vindo da missa do dia.
-É verdade ó Dona Ana,
É verdade ó vida minha,
Que se casa o duque de Alba,
Com dama de grande valia?
-Tanto se me dá que se case,
Como que solteiro viva.
Chegou a uma ventana
Que no seu palácio havia,
Avistou o Duque de Alba,
Ele ia calha arriba.
-É verdade ó Duque de Alba,
É verdade ó vida minha.
Disseram-me hoje que te casavas,
Com dama de grande valia.
-É verdade ó dona Ana,
Eu a convidar-te já vinha.
-não tens vergonha em convidar-me,
Nem eu mesmo lá ia.
Ela teve um acidente,
Morta para trás caía.
Passados setes anos,
Sua sogra lhe dizia.
-poisa o luito Duque de Alba,
Que de luito bastaria.
Tu crias mais a Dona Ana,
Que queres a minha filha.
-Eu mais não lhe queria,
Mas muito a amaria.
Ele teve um acidente,
Morto para trás caia.

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