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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Romance de Dona Filomena

Estando a Dona Filomena
Sentadinha ao balcão,
Seus cabelos penteava,
Com um pente de ouro na mão
Passou ali um soldado,
Logo lhe apertou a mão.

Agora, agora soldado,
Tu tens muita ocasião.
Meu marido foi à caça,
Lá para os campos de Aragão.
Se queres que cá não volte,
Deita-lhe uma maldição.
Corvos lhe tirem os olhos,
As águias o coração.

Palavras não eram ditas,
Seu marido a porta entrava.
Tu que tens Oh Filomena,
Tu já perdeste a cor.
Ou estás vária do sentido,
Ou tu tens novos amores.
Nem estou vária do sentido,
Nem tomei novos amores,
Foi porque eu perdi as chaves,
Dos mais altos corredores.

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