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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Isaura
Eram duas criancinhas,
Que andavam a estudar,
Ao cabo de doze anos,
Tratou de a namorar.
Seu pai assim que o soube,
Manuel mandou prender,
Pela policia acompanhado,
Ele ia já morrer.
Já levavam Manuel preso,
De mãos erguidas para Deus
Pedindo a Nossa Senhora,
Que o levasse para os céus.

Ó Isaura, ó Isaura,
Contigo quero falar,
Eu tenho uma carta escrita,
Preciso de ta entregar.

Isaura assim que o soube,
Como Manuel tivera a sorte,
Deitou-se de uma janela abaixo,
Ele mesmo se deu à morte.

E no dia do enterro,
Toda a gente estava a chorar,
Os caixões eram iguais,
E a cova de par a par.

Mal o haja o tanto querer,
Mal o haja o tanto amar,
Nem na vida nem na morte,
Se puderam separar.

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