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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Criança orfãzinha

-Que fazes ai criança,
Sentada nesse penedo.
-Quero ir ao cemitério,
Mas sozinha tenho medo.

-Que queres lá ir fazer,
Se lá não mora ninguém.
-Mora sim senhor coveiro,
A santa da minha mãe.

-Então tu já não tens mãe,
Criança tão pequenina.
-Já não tenho mãe nem pai,
Vivo no mundo sozinha.

-O meu pai foi para França,
Lá morreu na grande guerra,
Foi meu pai que levou minha,
Mãe para baixo da terra.

-Não chores mais criancinha,
Eu também lá tenho os meus,
Temos todos de morrer,
E entregar a alma a Deus.

Era meia-noite em ponto,
Coveiro fechava a porta,
Olhou para trás e viu ,
A pobre criança morta.

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