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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


A carta

Tinha embarcado para a índia,
O filho desta velhinha.
Foi cumprir o seu dever,
Deixando a mãe sozinha.

Aquela pobre velhinha,
De noite e dia a chorar,
Pois o filho que ela tinha,
Já ia no alto mar.

Aquela pobre velhinha,
De chorar nunca se farta,
Desde que veio uma vizinha,
E lhe entregou uma carta.

Mas com lágrimas no rosto,
Disse alguém que estava ao lado,
Leia-me esta carta depressa,
Que é do meu filho adorado.

Na carta dizia assim:
Era dum colega seu,
Tenha paciência velhinha,
Que o seu filhinho morreu.

Aquela pobre velhinha,
Lamenta seu rude trilho.
Ela morreu a beijar o retrato,
O retrato de seu filho.

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