Translate

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


A Aventura na Ilha

Versos desta natureza,
Só poetas sabem escrever.
Ouçam queridos ouvintes,
Os versos que eu vou dizer.

Escutem com atenção,
A história que eu vou contar,
Alguns vão gostar de ouvir,
Outros nem sequer lembrar.

Vou-lhes contar uma história,
Daquelas que a vida tem,
A viagem à Madeira,
Amigo, não correu bem.

Escutem com atenção,
Esta história um pouco má,
Tudo isto aconteceu,
Á turma do sexto A.

A turma do sexto A,
Foi com os seus professores,
Num passeio à Madeira,
A esse jardim de flores.

A turma do sexto A.
Da escola do Porto Santo,
Foi visitar a Madeira,
Á pérola do Atlântico.

Esta viagem à Madeira,
Foi um pouco acidentada,
Por alguns vai ser esquecida,
Por outros vai ser lembrada.

Entramos no avião,
Meia hora atrasados,
Estragando assim os planos,
Que estavam programados.

Eu rezei com devoção,
Durante essa viagem,
Pedindo que esse avião,
Fizesse boa aterragem.

Ao chegar a Santa Cruz,
O vento soprou mais forte,
Pedimos ao bom Jesus
Que nos desse boa sorte.

Naquela ocasião
Em que o avião ia aterrar,
Foi tão forte o abanão
E tanta gente a gritar.

Eu ouvi, naquele momento,
Corações muito aflitos.
Minha alma emudeceu.
Ao ouvir tão altos gritos.

Oi tão forte o abanão,
Que no meu peito senti,
Naquela ocasião,
Nem sei como não morri.

Ao sair do avião,
E quando a pista pisei,
Agradeci aos meus santinhos,
Pois desta já me livrei.

Seguimos nossa viagem,
Por ser Dia do Ambiente,
Visitar Santa Cruz,
Machico e São Vicente.

Lá longe na alta serra,
Triste caso se passou,
Uma aluna da turma,
Doente se encontrou.

Telefonámos ao cento e doze,
Naquele mesmo momento,
Para ir acudir à doente,
Que estava em alto sofrimento.

Quando chegou o doutor,
Encontrou triste o ambiente,
Até as arvores choravam
Por ter pena da doente.

No alto daquela serra
Soprou forte o vendaval,
No momento em que o doutor,
Levou a doente para o hospital.

O grupo segue a viagem,
Não tinha tempo a perder,
Sem ninguém adivinhar,
O que iria acontecer.

O grupo segue tristonho,
Contemplando a paisagem,
Por entre vales e montes,
Até chegar à hospedagem.

Chegamos à hospedagem
Eram três horas da tarde,
Coma barriga a dar horas,
Comemos com mais vontade.

Lá na sala de jantara,
Fizemos grande limpeza,
Comeu-se toda a merenda
Que estava posta na mesa.

Depois da barriga cheia,
Fomos então para o Funchal,
Buscar a nossa doente,
Que estava no hospital.

Ao chegar ao hospital,
A doente já estava fina,
Fomos então para a marginal,
Para a esplanada da Marina.

Bebemos alguns refrescos.
Sentados à beira-mar.
Enquanto que o vento forte,
Não deixava de soprar.

Sentados à beira mar,
Que beleza que maravilha,
Mas estava chegando a hora,
De partir para a outra ilha.

Ao chegar ao aeroporto,
Era grande a confusão.
Ficamos então à espera
Que chegasse o avião.

Passa o tempo pouco a pouco
O vento sempre a soprar,
O povo estava louco,
Cansado de esperar.

A TAP então informou
Aquela gente enfurecida,
Que lhe ia dar o jantar,
E também boa dormida.

Comemos, também bebemos,
Lá dentro no aeroporto,
Enquanto que à nossa volta,
Soprava o vento maroto.

Os voos foram cancelados,
Por causa do temporal,
Todos nós fomos dormir,
Ao bom hotel Garajal.

Esse hotel cinco estrelas,
Tinha ricos aposentos,
Ali todos nós ficámos,
Abrigadinhos dos ventos.

Ouvi um barulho estranho,
De manhã ao acordar,
Quando à porta cheguei,
Eu nem queria acreditar.

Era a nossa doentinha,
Que se estava a sentir mal,
Telefonámos aos bombeiros,
Para a levar ao hospital.

Sentado numa cadeira,
Pedi à virgem Maria,
Que trouxesse adoente,
Para a nossa companhia.

Nesse hotel de cinco estrelas,
A vida corria bem,
Havia comida e bebida
E divertimentos também.

Tivemos musica ao vivo,
Lindos fados de encantar,
Tivemos banhos na piscina
E até jogos de bilhar.

Passámos o dia todo,
Á espera da bonança,
Nós e os estagiários,
Que andavam na mesma dança.

De mãos erguidas par aos céus
E o olhar no firmamento,
Pedíamos ao bom Deus
Que afastasse o mau tempo.

Passamos o dia todo
Com muita ansiedade,
Á espera que o Bom Deus,
Acalmasse a tempestade.

A TAP então avisou,
Era hora do jantar,
Passageiros de Porto Santo,
Não se podem demorar.

Partimos todos contentes,
Com alegria no rosto,
Mas ninguém dizia nada,
Ao chegar ao aeroporto.

A TAP Portugal,
Faz muitas coisas à toa,
Meteu alguns passageiros,
No voo que ia para Lisboa.

O voo que ia para Lisboa
Por Porto santo passava,
MAS o grupinho dos doze,
No aeroporto ficava.

Vai para Santa Catarina,
Quem não foi neste avião,
Podem dormir descansados,
Longe desta confusão.

De manhã, às nove horas,
Lá vamos nós a correr,
Do hotel para o aeroporto,
Para o avião não perder.

Ao chegar ao aeroporto,
Cheio o avião já estava,
Mais uma vez o grupo,
No aeroporto ficava.

O grupo foi informado,
Por alguém da companhia,
Que o avião para Porto Santo
Era só ao meio-dia.

Sentimos muita alegria
Ao chegar o avião,
Felizmente que chegou
A nossa ocasião.

Ao entrar no avião,
Houve grande contentamento,
Lá vamos nós para Porto Santo,
Sem haver chuva, nem vento.

Com mentiras e incertezas,
A nossa alma foi ferida,
Andamos neste vai vem,
Até à hora da partida.

Estas foram as peripécias,
Que na Madeira passámos,
Por milagre do Bom Deus,
A Porto Santo chegamos.

Vejam, queridos leitores,
Aquilo que o vento fez,
Fomos um dia à Madeira,
Fomos um, ficamos três.

Na Madeira vimos montes,
Picos com rochas escarpadas,
Vales, ribeiras e pontes,
Grandes túneis, boas estradas.

Vimos grandes bananais,
Com cachos verdes a crescer,
Vimos alguns cerejais,
Sem qualquer cereja ter.

Vimos barcos e aviões,
Hotéis muito luxuosos,
Na Madeira também vimos,
Parques e jardins formosos.

O verde da natureza,
Nossa alma enfeitiçou,
Que encanto, que beleza,
Nosso olhar deslumbrou.

Os alunos tudo viam,
Com grande admiração
Tudo lhes dava prazer
E alegria ao coração.

Quando na rua passava,
Qualquer garota catita,
Começavam a cantar,
A canção do pisca, pisca.

Os alunos sempre andaram,
Alegres e agitados,
Ao chegar aos dormitórios,
Não se sentiam cansados.

Os alunos sempre foram,
Unidos e respeitadores,
Com as pessoas que passavam
E também com os professores.

Coisas feias, coisas lindas,
Eles gostaram de ver,
Esta visita de estudo,
Jamais irão esquecer.

Estes alunos precisam
De um apoio especial,
Aquilo que não lhes deu a
A TAP Portugal.

A TAP Portugal,
Precisa de um abanão,
Goza com os passageiros,
Não importa a condição.

A TAP Portugal,
Trabalha que é um espanto,
Só sentimos alegria,
Ao chegar a Porto Santo.

Ao chegar a Porto Santo,
Nosso olhar se alegrou.
Somente a nossa doente,
Triste no Funchal ficou.

A viagem à Madeira,
Foi estragada pelo vento,
Nuns rostos Houve alegria,
Noutros houve sofrimento.

Dos “fracos” não reza a história,
Lá diz o velho ditado,
Vai perdurar na memória,
Este dia atribulado.

Esta visita de estudo,
No dia do Ambiente,
Vai perdurar na memória,
Na alma de muita gente.

Esta visita de estudo,
Foi muito aventureira,
Tudo isto aconteceu,
No Porto Santo e na Madeira.

Esta visita de estudo,
Que fizemos ao Funchal,
Por causa da ventania,
As coisas correram masl.

Lá por terras da Madeira,
As coisas correram mal,
Tornamos culpas ao vento
E a TAP Portugal.

Andamos por lá três dias,
Com muita fé e esperança,
O grupo, esperou, esperou,
E quem espera sempre alcança.

Andamos por lá três dias,
Com os cabelos no ar,
Com telelés sem bateria,
E as roupas por mudar.

Bela ilha da Madeira,
Onde o sol nem sempre brilha,
Esta foi a aventura,
Que o grupo passou na ilha.

Ferreira Augusto.

Sem comentários: