Santa Clara de Cima
Em Santa Clara de cima,
Há uma linda roseira,
Ainda pouco lá morreu,
Uma menina solteira.
Era pequena era nova,
Toda vida a namorar.
Foi pedir licença a seu pai,
Licença para se casar.
Tu és pequena, tu és nova,
OH filha que vais fazer,
Estás na flor da tua idade,
Vais te deitar a perder.
Ela que aquilo ouviu,
Ao noivo lho foi contar.
Vai-me buscar os remédios ,
Que me quero ir matar
O noivo correu depressa
À farmácia da calçada.
Trouxe-lhe limão em pó,
Creolina engarrafada.
Logo à primeira gota,
Foi logo uma sangraria,
Disse ela para o amor,
Que daquela morreria.
Eram as dez para as onze,
As onze para o meio-dia.
Entregou a alma a Deus,
O corpo à terra fria.
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