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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Romance da Mineta

Levanta-te mineta,
Do doce dormir.
Esta um cego à porta
Num lindo pedir.

Se ele canta e pede,
Dá-lhe pão e vinho.
Diz ao pobre cego,
Que siga o caminho.

Não quero seu pão ,
Nem também seu vinho.
Quero que mineta,
Me ensine o caminho.

Até além, além,
Até ao verde pinho,
Que depois para diante,
Já sei o caminho.

Já espiei a roca,
Já fiei o linho,
O malvado do cego,
Não sabe o caminho!

Ó valha me deus,
E a Virgem Maria,
Era tanta a gente ,
De cavalaria.

Era tanta a gente ,
De cavalaria.
Esconda-se ó menina,
Na minha capinha.

Adeus minha casa,
Adeus minha janela,
Adeus minha mãe ,
Que tão falsa me era.

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