PARA TI PAULINHA
A cidade de Bragança ,
Brevemente vais deixar.
Eu tenho fé e esperança,
Que um dia te hei-de encontrar.
Nesta cidade Paulinha,
Fomos amigos leais.
Não te esqueças amiguinha,
Do teu amigo de vinhais.
Vem Paulinha,
Vem junto a mim,
Dá-me o teu calor,
O calor dos braços teus.
As flores do teu jardim,
Dão mais perfume
E luz aos olhos meus.
Se eu fosse da tua idade,
Acredita podes crer,
Não passava uma só tarde,
Paulinha sem eu te ver.
Meu olhar sofre e padece,
Eu quero ser perdoado.
Quem fala assim não merece,
Ser por ti tão castigado.
Vem Paulinha,
Vem junto a mim,
Dá-me o teu calor,
O calor dos braços teus.
As flores do teu jardim,
Dão mais perfume
E luz aos olhos meus.
O meu destino infeliz,
Deixou-me na escuridão.
Com carinho e amor fiz,
Para ti esta canção.
Quer em Bragança, ou no Minho,
De ti não me vou esquecer.
Dei-te provas do meu carinho,
Não quiseste compreender.
Vem Paulinha,
Vem junto a mim,
Dá-me o teu calor,
O calor dos braços teus.
As flores do teu jardim,
Dão mais perfume
E luz aos olhos meus.
Adeus Paulinha, adeus,
Como tu não vi igual.
Na ternura dos olhos teus,
Há remédio pró meu mal.
Os meus olhos já não têm,
O brilho de antigamente,
Os meus olhos estão cegos.
Cegaram por ti somente.
Vem Paulinha,
Vem junto a mim,
Dá-me o teu calor,
O calor dos braços teus.
As flores do teu jardim,
Dão mais perfume
E luz aos olhos meus.
Ferreira Augusto
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