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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


PARA O CURSO DAS BORDADEIRAS

Na cidade de Bragança,
Na Escola de São Sebastião,
No mês de Abril começou,
Um curso de formaçãoi.

A doutora Patrocínia,
Do curso, a orientadora,
As formandas estão contentes,
Com tão bela professora.

A doutora Patrocínia,
Ama esta profissão.
Não quer deixar morrer,
Esta antiga tradição.

O artesanato é lindo,
Quando ele é feito à mão.
Se for produto de máquina,
Não tem tanta aceitação.

Eram trinta as candidatas,
Com tesouras e dedais,
Na Escola de São Sebastião,
Todas querem aprender mais.

As tesouras são de prata,
De ouro as agulhas são.
Os bordados são tesouros,
Desta nossa região.

Para não falhar o ponto,
É preciso boa luz,
Para trabalhar na bainha aberta
E no lindo ponto de cruz.

O grupo das bordadeiras,
Trabalha alegremente.
Mais parecem tecedeiras,
A tecer no antigamente.

Fazem com muita alegria,
Bordados de qualquer natureza,
Colchas, tapetes e panos,
Toalhas para por na mesa.

Na escola está feliz,
O grupo das bordadeiras,
Com os olhos nos bordados,
Para não sair asneira.

É difícil de aprender,
O lindo ponto de matiz,
Jamais irá esquecer,
Quem aprender de raiz.

São mulheres trabalhadoras,
Trabalham com alegria.
No trabalho dos bordados,
Nenhum sente fadiga.

Compram linha e fazem renda,
São verdadeiras artistas.
Qualquer dia vão passar,
De bordadeiras a modistas.

Mãos fadadas de rainhas,
Dedos finos, mas calejados,
Mãos branquinhas cor de neve,
Cor da linha dos bordados.

Todas estas bordadeiras,
Fazem trabalhos de encantar,
Que a gente desta cidade,
Gosta de apreciar.

Todos os trabalhos feitos,
Na Escola de São Sebastião,
Mereciam ser expostos,
Um dia numa exposição.

Quando o curso terminar,
Nesta escola de Bragança,
Das noites inesquecíveis,
Perdurará a lembrança.

Ferreira Augusto

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