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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O tio João é a Musa

Andam poemas na rua,
Deste povo humilde e agreste.
O tio João é a Musa,
Dos poetas do nordeste.

O tio João é a Musa,
Dos poetas populares.
O seu programa bonito,
Corre montes, corre vales.

Corre montes, corre vales,
Voa, voa, sem parar,
Em busca de bons poetas,
Que nele se queiram inspirar.

Por entre silvas e giestas,
Carrascos e olivais,
Criaram-se bons poetas,
De versos originais.

Ser poeta não é nada,
Não é nada, bem o digo.
Nesta terra delicada,
Poetas bons têm nascido.

Tanta, tanta inspiração,
Tem o povo do nordeste!
O “ bom dia tio João”,
Este povo enriquece.

Nesta vasta região,
Tantos poetas escondidos!
Teve que vir o tio João,
Para eles serem ouvidos.

Muita gente se admira,
Com a sua voz delicada.
Quantas pessoas se inspiram,
Ao romper da manhã clara.

A cultura popular,
Vibra no velho e novo,
Nos poetas deste lugar,
Na alma do nosso povo.

Em Trás-os-Montes surgiram,
Poetas de muita fama.
Todos eles se inspiraram,
Neste tão belo programa.

Poetas e prosadores,
Falam bem da sua terra,
Do amor e da beleza,
Que esta região encerra.

Junto do povo nasceu,
A cultura popular.
Enquanto o povo for povo,
Jamais irá acabar.

Esta terra tem poetas.
Escrevem, escrevem sem cessar!
Só versos para o tio João,
Contam-se mais de um milhar!

Por isso ele é a musa,
Deste povo afinal,
Musa tão solicitada,
Não há outra em Portugal.

Ferreira Augusto

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