Translate

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


Para os Guardas da Venatória

Dia de todos os Santos,
Vai ficar na memória.
Tudo isto aconteceu,
Aos Guardas da Venatória.

Seguia a sua brigada,
Em Serviço do Estado,
Encontraram um caçador,
Por ela foi autuado.

No termo de Vilarinho,
Um pastor encontraram.
Uma lebre o pastor matou,
O pastor eles autuaram.

O pastor eles autuaram,
Tal é sua obrigação.
Seis caçadores de um grupo,
Fugiram para a povoação.

Entraram em Vilarinho,
Furiosos e agitados,
Dois caçadores da terra,
Vão ficar desgraçados.

Tocaram o sino arrebate,
Naquela ocasião,
Juntou-se toda a gente,
De Vilarinho de Argochão.

Com armamentos agrícolas,
Corriam na disparada,
Para o monte procurando,
Essa ditosa Brigada.

Ao ver aquela gente enfurecida,
Como fugia a Brigada!
Mas um que estava separado,
No monte sozinho ficava.

Era o guarda Jaime,
Este não é rapaz novo.
Chamou às pernas amigas,
Ao ver a gente desse povo.

Ele fugiu assustado,
Ao ver a cena mal cheirosa,
Foi para casa de um amigo,
Que tinha na Ervedosa.

Querem ver o que foi que fez,
Um velhote atrevido?!
Queria matar o guarda,
Na casa de um seu amigo.

A guarda de Vinhais,
Para o acudir, correu ligeira.
Pelo caminho encontrou,
Essa gente desordeira.

Fez o auto à camioneta,
Naquela ocasião.
Vinte cinco dessas pessoas,
Foram dormir à prisão.

Brincadeira de mau gosto,
Que, por fim, acabou mal.
Já não há caça no monte,
Há caça no Tribunal.

Há caça no Tribunal,
Que lebre gorda caçaram.
Sete meses de cadeia,
Foi aquilo que eles ganharam.


Ferreira Augusto

Sem comentários: