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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


PARA O DEFICIENTE

A pensar em vós escrevi,
Estes versos com tristeza.
Como vós também sofri,
Hoje estou aqui com certeza.

Sou humano penso em vós,
Em toda a ocasião.
Mas sozinho não consigo,
Mudar a situação.

Há tantos deficientes,
Mergulhados em solidão.
Como pode andar contente,
O seu pobre coração.

Há tanto deficiente,
Mergulhado em tristeza.
Por vezes a sociedade,
A vida deles despreza.

Há tantos deficientes,
Por esse Mundo além;
Vivem tristes, solitários,
Sem carinho de ninguém.

Há muitos deficientes,
Não sabem o que é a felicidade.
Esta gente bem merece,
Um lugar na sociedade.

Conheço deficientes,
Que gostariam de trabalhar.
Por vezes a sociedade,
Trabalho não lhes quer dar.

Ninguém houve o lamento,
Do infeliz desgraçado.
Que vive em grande sofrimento,
Em cada canto, em cada lado.

É bem triste a sua vida,
É bem duro o seu viver,
Eu estou aqui convosco,
Estes versos a escrever.

Procuro estar atento,
Áquilo que se faz e diz,
Por todos os deficientes,
Que temos neste País.

Por vezes não se faz nada,
A culpa ninguém a quer.
O deficiente desespera,
Espera, espera até morrer.

Barreiras arquitectónicas,
Cada vez eu encontro mais,
Pelas ruas da cidade,
Nos prédios municipais.

Cada ano tem o seu dia,
Para os deficientes.
Fazem-se muitas promessas,
Mas não saem dos gabinetes.

Numa carta se escreveram,
Os Direitos do deficiente.
Continuam a ser esquecidos,
Por parte de muita Gente.


Ferreira Augusto

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