Translate
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Nos campos da minha aldeia,
Cresce o mato dia-a-dia,
Onde a caça se passeia,
Sem ter medo à montaria.
Aonde outrora crescia,
Centeios, belos trigais,
Hoje cresce no dia-a-dia,
Pousio e matagais.
É triste viver assim,
Numa aldeia abandonada,
Embora seja um jardim,
Tem um perfume de nada,
O meu pai que nada lê,
Fala tem muita razão,
Por estes campos se vê,
Retratos de emigração.
Não falta o pão por enquanto,
Diz o velho já cansado,
O jovem ao fugir do campo,
Não espera bom resultado.
Quem me dera governar,
Nem que fossem só três dias,
Para poder formular,
Novas leis de sesmarias.
Para o pão não faltar,
No leito de cada mãe,
Obrigava a trabalhar
A terra a quem a tem.
Ferreira Augusto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário