Assim está a leitura,
Neste culto Portugal.
Nos espaços de cultura,
Lê-se pouco e muito mal.
Temos boa literatura,
Boas obras, bons autores.
Mas nas salas de leitura,
São escassos os leitores.
Literatura portuguesa,
Todos deviam de ler.
A leitura dá riqueza,
Aos amantes do saber.
Culturalmente este povo,
Está um pouco atrasado;
Quer o velho, quer o novo,
Põem a leitura de lado.
A imprensa concedeu,
A difusão da cultura.
Este povo se esqueceu,
Dos hábitos de leitura.
Na feira do livro há,
Obras de grande valor.
Qualquer obra boa dá,
Incentivo ao leitor.
Compram-se livros na feira,
Dos quais eu tenho dó.
Vão logo para a prateleira,
Acumulando-se de pó.
As estantes estão cheias,
De livros bem encapados.
De que servem estar cheias,
Se os livros estão fechados?
Os livros não são abertos,
Desculpem o meu insulto.
Só encontro analfabetos,
Neste povo dito culto.
Os arautos do saber,
Aos homens conselhos dão.
Se arautos quiserem ser,
Leiam livros sem distinção.
Leiam livros de Cientistas;
Revistas e bons jornais;
Obras de bons romancistas,
Os Maias e outras mais.
“O saber não ocupa lugar”,
O bom ditado assim diz.
Comecem nisto a meditar,
Leitores do meu país.
Ferreira Augusto
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