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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Volta Marquês a Portugal



Vê lá se ressuscitas,

Ó grande marquês de Pombal!

Para ver o mísero estado,

Em que está teu Portugal.





As Reformas que fizeste,

Caíram no esquecimento.

Criaram-se novas reformas,

Sem jeito, nem fundamento.


As vinhas do Alto-Douro,

Que soubeste bem tratar,

Parte delas, hoje estão perdidas,

E o vinho por escoar.


As indústrias que crias-te,

Deram fama ao mundo inteiro.

Hoje muitas estão falidas,

Outras são do Estrangeiro.


Se ressuscitasses Pombal,

Morrias de aflição,

Por veres no teu Portugal,

Tanta, tanta corrupção.


Só vias corrupção,

O rico a fugir ao fisco;

O pobre continua pobre,

O rico cada vez mais rico.


Só vias corrupção,

Nos patrões e dirigentes.

Metem na administração,

Otários incompetentes.


Da Europa vieram euros,

Para o País desenvolver,

Caíram nas mãos dos Varões

Souberam com eles enriquecer.


Passeiam em carros de luxo,

Do melhor que há no estrangeiro,

Depois vão para a Televisão,

Dizendo que não há dinheiro.


Os Távoras andam por cá,

Levam uma vida de Lordes.

Andam de barriga cheia,

Escamoteando a dos pobres.


Não há ninguém que endireite,

Este povo Português,

Para meter tudo na linha,

Volta a Portugal Marquês.


O País está no caos,

A dívida sempre a crescer.

Adivinham-se dias maus,

Vem Pombal, vem nos valer.


Ferreira Augusto

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