Volta Marquês a Portugal
Vê lá se ressuscitas,
Ó grande marquês de Pombal!
Para ver o mísero estado,
Em que está teu Portugal.
As Reformas que fizeste,
Caíram no esquecimento.
Criaram-se novas reformas,
Sem jeito, nem fundamento.
As vinhas do Alto-Douro,
Que soubeste bem tratar,
Parte delas, hoje estão perdidas,
E o vinho por escoar.
As indústrias que crias-te,
Deram fama ao mundo inteiro.
Hoje muitas estão falidas,
Outras são do Estrangeiro.
Se ressuscitasses Pombal,
Morrias de aflição,
Por veres no teu Portugal,
Tanta, tanta corrupção.
Só vias corrupção,
O rico a fugir ao fisco;
O pobre continua pobre,
O rico cada vez mais rico.
Só vias corrupção,
Nos patrões e dirigentes.
Metem na administração,
Otários incompetentes.
Da Europa vieram euros,
Para o País desenvolver,
Caíram nas mãos dos Varões
Souberam com eles enriquecer.
Passeiam em carros de luxo,
Do melhor que há no estrangeiro,
Depois vão para a Televisão,
Dizendo que não há dinheiro.
Os Távoras andam por cá,
Levam uma vida de Lordes.
Andam de barriga cheia,
Escamoteando a dos pobres.
Não há ninguém que endireite,
Este povo Português,
Para meter tudo na linha,
Volta a Portugal Marquês.
O País está no caos,
A dívida sempre a crescer.
Adivinham-se dias maus,
Vem Pombal, vem nos valer.
Ferreira Augusto
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