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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


A Quinta!

Em Lisboa há uma quinta,
Que já foi de gente nobre.
Já teve brasões de rica,
Hoje essa quinta esta pobre.

No início alcançou,
Muita honra e riqueza.
Tudo isso o vento levou,
Encontra-se hoje na pobreza.

Suas vitorias lhe deram,
Um prestigio profundo,
Sua fama de gloria,
E conhecida e m todo o mundo.

Diz o povo de Lisboa,
Dessa quinta pouco resta,
Venderam a fruta boa,
Ficou só a que não presta.

Mudou há pouco de donos,
Graças ao bom Zé-povinho,
Passou de quinta do Vale,
Para quita do Vilarinho.

A quinta tem novos donos,
Homens, simples, mas astutos.
Apesar de ser Outono,
Continua a não dar frutos.

Tinha brilho, tinha luz,
Hoje esta na escuridão.
Com bom estrume e boas lavras,
Vai dobrar a produção.

O Vale disse adeus a quinta,
O mourinho foi para a rua.
Vem um mês e passa outro,
E a crise continua.

Com nitratos da Holanda,
E penas tristes do Brasil,
A quinta dará seus frutos,
Só para alem do dois mil.

É uma quinta de sonho,
Diz quem traz a águia ao peito.
Apesar de não dar frutos,
Todos lhe guardam respeito.

Ferreira Augusto



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