Versos da festa da comunidade da minha aldeia de 1985
Como poeta escrevo,
O meu povo de Vinhais.
É a Nuzedo a quem devo,
Os meus versos originais.
Já que me chamam poeta,
Rapaz de inspiração,
Tive de servir-me dela,
Em cima da ocasião.
Em cima da ocasião,
Muita coisa boa vi,
Escutem com atenção,
Aquilo que eu escrevi.
A festa da comunidade,
Ser festejada quem diria!
Podemos agradecer
Ao padre da freguesia.
O padre da freguesia,
Pastor como ele não há mais,
Também se deve este dia,
Ao presidente de Vinhais.
Não esquecer dona Teresa,
Essa mulher carinhosa.
Nunca se viu neste povo,
Mulher assim tão bondosa.
O guarda e o Domingos,
Responsáveis pelo ofertado,
Todos lhe vão agradecer,
Seu bom trabalho prestado.
O Darim anima a festa,
Com o seu tocar bragueiro
Faz saltitar corações,
Às voltinhas no terreiro.
Na festa da minha aldeia,
Quem trabalhou afinal,
Aqui não houve diferença.
Trabalhou tudo igual.
Organizou-se esta festa,
Com alegria e prazer.
Que a boa gente modesta,
Jamais irá esquecer.
Tanta coisa, tanta coisa,
Há neste povo por fazer,
Ruas para calcetar,
Tanques para a cria beber.
Quando venho da cidade,
Mal posso seguir sozinho,
Com medo de me atolar,
No lamaçal do caminho.
Com os caminhos assim,
Vejo-me negro para passar,
Também ainda são precisos,
Tanques para a roupa lavar.
Espero de ver meu povo
Abrir-se numa flor
E ao presidente de Vinhais
Cantar hinos de louvor.
Cantar hinos de louvos,
A tão belo presidente
Que nesta tarde de calor,
Connosco quis estar presente.
Também aqui está presente,
O administrador Taveiro,
A sua presença honrou,
Esta gente hospitaleira.
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