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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


Moimenta em Festa


Moimenta aldeia bela,

Soalheirinha como a demais.

Não há outra como ela,

No Concelho de Vinhais.


Moimenta aldeia bela,

Da região Transmontana,

Em baixo corre o Tuela,

Em cima terras de Espanha.


Linda terra Transmontana,

Gente humilde, terra boa.

Fica na raia de Espanha,

Junto da serra da Coroa.


Da região Transmontana,

Moimenta és um jardim.

Em ti mora a rosa Albana,

Mais o cravo do Serafim.


Lindo jardim de flores,

Bela terra perfumada.

Terra de grande doutores,

E outra gente letrada.


Moimenta estava em festa,

Mas que festa Transmontana.

Para mim a grande festa,

Foi em casa da Albana.


Dia vinte e três de Agosto,

Dia de muita alegria,

Em casa da tia Albana,

Até o próprio cão ria.


Lá pelo meio da tarde,

Meu coração se alegrou,

Quando com muita saudade,

Comigo alguém falou.


Tia Lídia, tia Noémia,

Da Espanha estavam a chegar.

A família da tia Albana,

Elas foram cumprimentar.


Tia Lídia, tia Noémia,

Logo me reconheceram,

Por me verem na Moimenta,

Grande alegria tiveram.


Estes dois botões de rosa,

Na Moimenta eu conheci.

Dessas almas generosas,

Muitos beijos recebi.


O som do arcordeão,

Todos gostavam de ouvir.

Mas eu não o tinha na mão,

Para os poder divertir.


Bondoso do Perdigão,

Sem asas pões-se a voar,

Da Moimenta para Nuzedo,

O acordeão foi buscar.


Quando o acordeão chegou,

Eu comecei a tocar,

Correram velhos e novos

Para o grande pátio a bailar.


Eu toquei, também cantei,

Para o bom povo transmontano,

Muita gente subia ao muro,

Para ouvir o Luciano.


Dançaram velhos e novos,

Gente de toda a idade.

Esse dia maravilhoso,

Deixou a todos saudade.


Foi um dia maravilhoso,

Acreditem, podem crer,

O dia vinte e três de Agosto,

É um dia para ninguém esquecer.


Para a família da Moimenta,

De vale de Janeiro, ou Valpaço,

De Nuzedo eu lhe mando,

Mil beijos e um abraço.


Ferreira Augusto

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