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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

NUZEDO FICAS TÃO SÓ


Ó Nuzedo do passado,

Falo para ti somente.

Por onde anda espalhado

Teu riso de antigamente?


No tempo de meus avós,

Tudo era só cantigas,

Dava gosto ouvir a voz

Das alegres raparigas.


Os seus alegres cantares,

Entoavam na aldeia.

Nas tardes quentes de Agosto,

Em noites de lua cheia.


Hoje de tudo está vazio

Ninguém diga o contrário,

Por vezes o seu sorriso

Passeia tão solitário.


Óh Nuzedo do passado

Quem te veja à distância

Pode dizer que o teu fado

Mergulha em terras de França.


Aldeia de casas branquinhas

Duma tristeza constante,

Dentro das tuas casinhas

Reina a ausência de um emigrante.


Nuzedo ficas tão só,

Quando chega o Outono,

As tuas ruas descrevem

Esse teu grande abandono.


Óh Nuzedo, Óh Nuzedo,

És minha terra natal,

Berço da minha tristeza,

Cama de todo o meu mal.


Ferreira Augusto

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