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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Aqueles dois fontanários
Na minha aldeia existem,
Dois velhinhos fontanários.
Estão secos coitadinhos,
Tristonhos e tão velhinhos,
Muito sós e tão solitários.
Outrora dos fontanários,
Cristalinas águas brotavam.
Onde pastores e peregrinos,
Ciganos e pobrezinhos,
Muitas vezes a sede matavam.
As raparigas da aldeia
Iam lá encher a cantarinha,
Para se encontrarem com os namorados
E darem beijos trocados
Sempre ao fim da tardinha.
Também nas tardes de verão,
Os alegres passarinhos,
Voavam dos carvalhais,
Iam aos fontanários,
Buscar água para os seus filhinhos.
Suas nascentes secaram,
Deixaram pois de correr.
Hoje ninguém lá mata a sede,
As silvas cobrem a parede,
Para essa fonte ninguém ver.
Ferreira Augusto
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