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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


A Criança

Criança que vais passando,
Junto de mim mansinho,
O teu olhar sorridente,
Murmura-me com carinho.

Criança que vais passando,
Solta alegres sorrisos.
Pois sorrisos de crianças,
Nunca deram prejuízos!

Há muita criança rica,
Vivendo com satisfação.
Criança que é orfãzinha,
Vive na escuridão!

Tu que és menino nobre,
Tens brinquedos para estragar.
Olha aquele menino pobre,
Que nada tem para brincar.

Criança que não tem escola,
Não sabe ler nem escrever,
Criança que pede esmola,
É bem duro o seu viver!

Criança que anda na rua,
Estendendo a mão à caridade,
Toda a cidade é sua,
Criancinha sem idade.

Vagueia pela cidade,
Como um cãozinho vadio.
Criancinha sem idade,
Mãos vazias, rosto frio.

Criança abandonada,
Chora, não sabe sorrir.
Faz das pedras da calçada,
A cama para dormir!

Vamos evitar a guerra,
Para a gente não morrer,
E as criança das terra,
Deixarem então de sofrer.

Por esse mundo além,
Vivem muitas criancinhas,
Sem mãe, sem pai, sem ninguém,
Vivem tristes coitadinhas.

Aos homens de todo o mundo,
Eu peço com tal afã,
Tratem bem das criancinhas,
Esses homens do amanhã!

Ferreira Augusto

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