Translate

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


OS RIOS DA MINHA TERRA

Nos rios da minha terra
Corre a água sem parar,
Bate, bate de pedra em pedra
Tem pressa de ver o mar.

Os rios da minha terra,
Vivinhos ainda estão.
Vão correndo de pedra em pedra
Sem qualquer poluição.

Ó água que vais correndo
Com pressa de ver o mar.
Não vês as hortas e os prados
Com tanta sede a chorar.

Gritam os prados e as hortas,
Com tanta sede a chorar.
Se a água não lhe acudir
Acabarão por secar.

Ó água que dás a vida,
E fazes as plantas crescer.
Rega os prados, rega as hortas
Não deixes os campos morrer.

Nas águas destes rios
Bebem alegres passarinhos.
Nos fundos poços dos rios
Vivem mimosos peixinhos.

Pelas rochas e salgueiros
Faz o ninho a passarada.
Neles canta alegremente
O melro na madrugada.

Pelas margens destes rios
Muitos moinhos havia.
Branca farinha faziam
Quer de noite, quer de dia.

Hoje os moinhos não moem
Morreram, estão sem vida.
Toda a beleza que tinham
Ficou mais entristecida.

Quanta praia fluvial,
Temos apenas no verão.
Nestes rios de Portugal
Não há lugar para a poluição.

Nós temos esta virtude
Desde Bragança a Vinhais.
A muita gente dão saúde,
Os banhos fluviais.

Do Tuela ao Baceiro,
Desde o Tua ao Sabor.
Correm águas cristalinas
Sempre com a mesma cor.

Correm águas cristalinas
Sem nunca mudar de cor,
Regam campos, regam hortas
Alegram o lavrador.

Sem qualquer poluição
Estão os rios transmontanos.
Peço a Deus que os conserve
Por muitos e longos anos.

Ferreira Augusto

Sem comentários: