Nuzedo fica tão só!
Ó Nuzedo do passado,
Falo para ti somente.
Por onde anda espalhado
Teu riso de antigamente?
No tempo de meus avós,
Tudo era só cantigas,
Dava gosto ouvir a voz
Das alegres raparigas.
Os seus alegres cantares,
Entoavam na aldeia
Nas tardes quentes de Agosto
Em noites de lua cheia.
Hoje de tudo está vazio
Ninguém diga o contrário,
Por vezes o seu sorriso
Passeia tão solitário.
Óh Nuzedo do passado
Quem te veja à distância
Pode dizer que o teu fado
Mergulha em terras de França.
Aldeia de casas branquinhas
Duma tristeza constante,
Dentro das tuas casinhas
Reina a ausência de um emigrante.
Nuzedo ficas tão só,
Quando chega o Outono,
As tuas ruas descrevem
Esse teu grande abandono.
Óh Nuzedo, Óh Nuzedo,
És minha terra natal,
Berço da minha tristeza,
Cama de todo o meu mal.
Luciano Ferreira
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