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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mestre da agricultura

Sou o mestre da agricultura,
O saber não me disputa,
Gosto de apalpar a fruta,
Quando está bem madura.
Gosto da boa doçura,
E gosto das boas pessoas,
Amigas da brincadeira,
Com licença da quinteira,
Vou apalpara as gamboas,
Estando eu em meu sossego,
Sai para dar um passeio,
E saltei-lhe à quinta do meio,
Meti-me num arvoredo,
Óh menina, Não tenha medo,
Que o seu fruto está seguro,
Seja mole ou seja duro,
Sempre tem a minha estima,
Na sua quinta de cima,
Já tem marmelos maduros,
Tem um arvore escondida,
No regato, junto do poço,
Que dá fruto sem caroço,
Chamados gostos da vida,
Essa arvore é pretendida,
Óh menina dê-me um cacho,
E na sua quinta de baixo,
O seu bastardo já pinta.
Saindo do meu sonego,
Dou cambalhotas, dou saltos
Depois de apalpar os altos,
Os baixos já apalpei,
E em toda a parte eu achei,
Uva branca, uva tinta,
Para que a menina não sinta,
E não diga mal da boda,
Apalpei a fruta toda,
Que a quinteira tem na quinta.

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