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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Á sorte e à morte não há que fugir

Era um final de tarde de Outono, quando um pobrezinho batia à porta de um lavrador pedindo pousada, onde em tempos já tinha pernoitado.
Nessa tarde o lavrador disse ao pobrezinho que não tinha condições para o poder abrigar, uma vez, que a sua esposa estaria para dar à luz.
Mas mesmo assim o pobrezinho insistiu que não se importava pois qualquer cantinho da casa lhe servia para passar a noite.
E assim foi o lavrador deixou o pobrezinho ficar em sua casa, num cantinho à beira da lareira.
Noite dentro a esposa do lavrador começou a entrar em trabalhos de parto, ao mesmo tempo na parte de baixo da casa onde eram os currais dormia uma cabrada e uma das cabras estava para prestes a parir.
No cantinho à beira da lareira o pobrezinho rezava e foi então que ouviu a cabra a gritar (Gemer), assustado o pobrezinho chamou o lavrador, para que fosse ver o que se passava, dizendo-lhe ao mesmo tempo para que dissesse à sua mulher se aguentava a hora de dar à luz.
Assim foi e o lavrador foi ver a cabra, quando lá chegou tinha acabado de nascer um lindo cabrito.
Logo de seguida nasceu o filho do lavrador.
No dia seguinte, antes do pobrezinho partir disse ao lavrador, para não vender nem matar o cabrito que havia nascido.
Passados três anos, o pobrezinho voltou a passar pela aldeia do lavrador batendo de novo à sua porta e pedindo novamente pousada.
O lavrador deu-lhe pousada e sentado à mesma lareira de outros tempos o pobrezinho perguntou ao lavrador se ainda tinha o cabrito que tinha nascido à anos atrás.
Foi então que o lavrador lhe disse que o cabrito havia morrido enforcado entre uma árvore e uma rocha.
O pobrezinhos depois ouvir a história do que tinha acontecido ao cabrito disse ao lavrador se se lembrava do que lhe tinha dito na hora que o cabrito estava a nascer.
O lavrador disse-lhe que sim, que se recordava das suas palavras para dizer à esposa que aguentasse mais um pouco a hora de dar à luz, pois se a criança tivesse na mesma hora que o cabrito iria ter a mesma sorte do pobre cabrito.

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