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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Lindo Vaso de Cristal

Lindo vaso de cristal,
Má tarde lhe amanheceu,
Na padaria da Lapa,
Este caso aconteceu.

Numa tarde soalheira,
Fui à padaria da São.
Com a minha companheira,
Para lanchar e comprar pão.

Estava junto do balcão,
A lanchar muito feliz,
Quando de repente entrou,
Na padaria o Luís.

O Luís também entrou,
Na padaria para comprar pão,
A todos cumprimentou,
Como um bom cidadão.

A todos cumprimentou,
Como um bom português,
Vejam amigos então,
O que esse palerma fez.

A São tinha lá um vaso,
Vasinho de estimação,
O Luís deu-lhe um toque,
Atirou o vaso ao chão.

O vaso caiu no chão,
Partindo-se aos bocadinhos,
O coração da Sãozinha,
Ficou logo aos saltinhos.

A São ficou chateada,
Ao ver o vaso partido,
O Luís foi para o café,
Bastante aborrecido.

A São ficou furiosa,
Ao Luís tentou bater,
O Luís foi-se embora,
Sem saber o que fazer.

O Luís foi-se embora,
No café pousou os sacos,
Enquanto a Sãozinha,
Ficou a limpar os cacos.

O lindo vaso de cristal,
Que a padaria enfeitava,
Ao vê-lo no chão partido,
A São quase chorava.

O Luís ao fim de tudo,
Até foi bem-educado,
Foi pedir desculpa à São,
Um pouco envergonhado.

O Luís disse para a São,
Á loja vou já comprar,
Outro vaso de cristal
Para por no seu lugar.

Este caso aconteceu,
Na padaria da Lapa,
O vaso se espedaçou,
Por não ser vaso de lata.

A São sente saudades,
Do seu vaso de cristal,
Embora tenha lá outro,
É feio e fica mal.

Ferreira Augusto

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