Capítulo 56:
A
aldeia portuguesa do século vinte
Mal
se apaga uma candeia,
Deixa
de haver alvorada.
Quando
as casas estão juntas,
É
povoamento agrupado,
Uns
bem distantes dos outros,
São
assim os povoados.
Na
aldeia cheira a pão,
Vinho
e fruta madura,
Toda
a gente se conhece,
No
bairro na mesma rua.
As
casas da aldeia,
De
madeira são construídas,
Sendo
assim adaptadas,
Ao
clima e modo de vida.
Hoje
a vida está diferente,
Ninguém
acredita em lendas,
As
casas tradicionais,
Deram
lugar a vivendas.
As
casas eram pequenas,
Tinham
adega e forno;
Palheiro,
sótão e curral,
Hoje,
estão ao abandono.
Há
mais de cinquenta anos,
A
alegre criançada,
Soltava
gritos sem danos,
No
fim de cada malhada.
Hoje
só se encontram idosos,
Nas
aldeias portuguesas,
Muitas
casas abandonadas,
Onde
se escondem tristezas.
A
vivenda atual,
É
muito confortada,
Tem
piscina e jardim,
E
água canalizada.
Ainda
há lavradores,
Trabalhando
com ardor,
Têm
vacas e ovelhas,
Lavram
a terra com um trator.
As
técnicas tradicionais,
Estão
esquecidas no tempo,
Com
as técnicas modernas,
Aumenta
o rendimento.
Mudaram
as populações,
E
os hábitos também,
Na
aldeia podem querer,
Hoje
vive-se muito bem.
Lares
e centros de dia,
Os
podemos achar;
Clubes
e infantários,
Estádios
para jogar.
Nas
vilas e nas aldeias,
Há
pouca poluição,
Todos
são primos e primas,
Uns
aos outros dão as mãos.
Ainda
temos aldeias,
No
interior e no norte,
Que
as suas populações,
Têm
falta de transportes.
Ainda
temos aldeias,
Um
pouco abandonadas.
Sem
esgotos, nem caixotes de lixo,
Nem
água canalizada.
Há
aldeias portuguesas,
Que
conservam a tradição,
Na
aldeia há saúde,
Na
cidade confusão.
A
história e a Geografia,
Não
se podem separar,
Uma
precisa da outra,
Para
ninguém se enganar.
Palmilhei
caminhos velhos,
Mas
em nenhum me perdi,
Corri
cantos e recantos,
Escrevi
tudo que vi.
Em
versos eu escrevi,
A
história da nação,
Daquilo
que me esqueci,
A
todos peço perdão.
Deus
me deu boa memória,
Por
isso sou muito feliz,
“Morra
homem mas fique fama”,
Leitores
do meu País.
“Morra
homem, mas fique fama”,
Lá
diz o velho ditado,
Ganhei
mais esta batalha,
Sem
espada nem reinado.
Ouvi
dizer ao leitor,
Que
o verso popular,
Também
tem o seu valor,
Quando
se vive a cantar.
Ferreira
augusto
Sem comentários:
Enviar um comentário