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quinta-feira, 11 de julho de 2019


Capitulo 54:
Alterações da população portuguesa no século vinte.

Minha vista não é larga,
Nem minha sabedoria.
Tenho jeito para enversar,
Fenómenos de dia a dia.

Há muito que eu não escrevia,
Versos desta natureza,
Quis hoje e demografia,
Que eu lhe fizesse esta surpresa.

Quantos éramos, quantos somos,
Gostava eu de saber,
As contas não batem certas,
Fico sem nada entender.

Se eu fosse cientista,
Não queria outra profissão,
Seria o melhor artista
A estudar a população.

Se eu fosse cientista,
Estudava a demografia,
Pedia ajuda à história,
E dados à Geografia.

Durante o século vinte,
Falo com muita franqueza,
Sofreu muitas alterações,
A população portuguesa.

Passo horas a estudar,
A população Mundial.
Hoje, vou-me debruçar,
Na população de Portugal.

Foi crescendo pouco a pouco,
A nossa população,
Quantos éramos, quantos somos,
Nesta santa ocasião.

Portugal tem emigrantes,
Por esse Mundo inteiro,
Uns vão para melhorar a vida,
Outros para ganhar dinheiro.

Como é feita a integração,
Nos Países de acolhimento,
Por vezes os emigrantes,
São deixados no esquecimento.

Vão trabalhar, pró estrangeiro,
Para longe ganhar a vida,
Na volta trazem dinheiro,
A mocidade perdida.

São causas de emigração,
Bem alto posso dizer:
Trabalhar de sol a sol,
E sem ter pão para comer.

São causas de emigração,
Neste pobre Portugal:
Más condições de vida,
Muito pobre a passar mal.

No início do século vinte,
Emigrava-se para a Alemanha;
Angola, Canadá e Brasil,
Suíça, Holanda e Espanha.

Aumentou a população,
Com ela veio a pobreza,
Uns vão morrendo com a fome,
Outros mergulham na riqueza.

Na década de sessenta,
Sem esperança de bonança,
Houve forte emigração,
Para a Bélgica e França.

Também houve emigração,
Para a Suíça e Alemanha,
Para a Holanda e Inglaterra,
Luxemburgo e Espanha.

A falta de liberdade,
E a guerra colonial,
Levaram muitos portugueses,
A sair de Portugal.

Nesta altura começou,
A diáspora portuguesa,
Os que saíram à pressa,
Não voltaram com certeza.

Por caminhos sem asfalto,
Arriscaram sua sorte,
Passaram fronteiras a salto,
Sem bilhete nem passaporte.

Por todos os continentes,
Portugal, emigrantes tem,
Os portugueses são corajosos,
Engrandecem a Pátria mãe.

Por esses rios acima.
Vai o povo português,
Sem saber falar latim,
Alemão ou francês.

Portugal fica sem jovens,
Porque não nascem crianças,
Portugal idosos tem,
Os novos pensam em poupanças.

Na década de oitenta,
Portugal teve de aceitar,
Imigrantes estrangeiros,
Para as obras trabalhar.

Foi na década de oitenta,
Que houve imigração,
De norte a sul do País,
Aumentou a população.

Portugal tem imigrantes,
Imigrantes estão cá agora,
Também estes vão sofrendo,
Discriminação a toda a hora

Portugal, tem imigrantes,
Brasileiros e Angolanos;
Ingleses e franceses,
Romenos e ucranianos.

Portugal tem imigrantes,
Portugal imigrantes tem,
A dor que os nossos, sofreram,
Cá estes sofrem também.

A população de um país,
Vai sofrendo alterações,
Aumenta a natalidade,
Conforme as migrações.

Dentro do nosso País,
Há migrações sazonais,
Para colher e apanhar,
Os produtos regionais.

A população de um país,
Vai sofrendo alterações,
Aumenta a população,
Conforme as regiões.

Está vincada na memória,
Desta humana geração,
Ao longo de toda a história,
Sempre houve emigração.

Quantos debates se têm feito,
As poderosas instituições,
Defendendo os direitos,
Das pobres populações.

Os direitos estão escritos,
Em cartas, são para cumprir,
Há denúncias de maus tratos,
Mas ninguém as quer ouvir.

Muita coisa se tem feito,
Para os emigrantes proteger,
Mas neste mundo insatisfeito,
Muito mais há que fazer.

Ferreira augusto

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