Mário Fernandes Morais
Mário Fernandes Morais
Vivia com os seus pais,
Era gente de dinheiro.
De filhos era sozinho,
Davam-lhe todo o carinho,
Por ser o único herdeiro.
Quando à mesa conversavam,
Ao filho recomendavam,
Não cases com mulher pobre!
Arranja mulher de bem,
Com a fortuna que tens,
Serás mais rico e mais nobre.
Mas essa recomendação,
Feriu seu coração,
Esse rapaz bondoso e nobre.
E sem o seu pai saber,
Jurava amar até morrer,
Beatriz que era pobre.
Mas na mesma freguesia,
Outra família vivia,
Com uma filha que era tudo.
A toda e momento,
Para arranjarem o casamento,
Visitavam-se a miúdo.
No dia do casamento,
Passou o acompanhamento,
Para ver o Mário querido.
Beatriz veio à janela,
Mário olhou para ela,
E ficou muito comovido.
Quando há igreja chegou,
No altar ajoelhou,
A pensar em Beatriz.
Mas de estar casado,
Dizendo estrelouquado,
Não quebro a jura que eu fiz!
Quando nos eu carro entrou,
À pressa encaminhou,
Para casa da Beatriz.
Mas quando ela chegava,
Já a família chorava,
A morte dessa infeliz.
Nesse momento precário,
Meteu pena o pobre Mário,
Chorava como um perdido.
Ao peito dela agarrado,
E quando foi retirado,
Já tinha enlouquecido.
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