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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mário Fernandes Morais

Mário Fernandes Morais
Vivia com os seus pais,
Era gente de dinheiro.

De filhos era sozinho,
Davam-lhe todo o carinho,
Por ser o único herdeiro.

Quando à mesa conversavam,
Ao filho recomendavam,
Não cases com mulher pobre!

Arranja mulher de bem,
Com a fortuna que tens,
Serás mais rico e mais nobre.

Mas essa recomendação,
Feriu seu coração,
Esse rapaz bondoso e nobre.

E sem o seu pai saber,
Jurava amar até morrer,
Beatriz que era pobre.

Mas na mesma freguesia,
Outra família vivia,
Com uma filha que era tudo.

A toda e momento,
Para arranjarem o casamento,
Visitavam-se a miúdo.

No dia do casamento,
Passou o acompanhamento,
Para ver o Mário querido.

Beatriz veio à janela,
Mário olhou para ela,
E ficou muito comovido.

Quando há igreja chegou,
No altar ajoelhou,
A pensar em Beatriz.

Mas de estar casado,
Dizendo estrelouquado,
Não quebro a jura que eu fiz!

Quando nos eu carro entrou,
À pressa encaminhou,
Para casa da Beatriz.

Mas quando ela chegava,
Já a família chorava,
A morte dessa infeliz.

Nesse momento precário,
Meteu pena o pobre Mário,
Chorava como um perdido.

Ao peito dela agarrado,
E quando foi retirado,
Já tinha enlouquecido.

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