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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O bom filho

Há hora da ceia na pedra do lar crepitava forte fogueira, em toda a casa havia muitos lugares vazios e pairava o luto da mãe que tinha criado doze filhos e tinha falecido à pouco tempo.
Todos tinham partido, só José tinha ficado com eles, por ter amor ao pai que cada vez ficava mais velho e triste. Sentados à mesa José pergunta: - Pai não come?
- Comer queria eu, mas tenho um nó que me atravessa a garganta e não consigo engolir. - Respondeu o pai.
- Vá coma pai, porque o corpo não tem raízes na terra. Disse-lhe José.
- Eu não consigo comer, anda-me a morder na consciência o que será de mim, amanhã tu casas e vais embora, se ao menos Deus do céu me levasse para junto da tua mãe! Exclamou o pai.
- Nada disso meu pai, eu se me casar o senhor ficará sempre comigo! Terei sempre pão para lhe dar a comer e um cobertor para o agasalhar. Disse-lhe José.
- Obrigado meu filho, já estou melhor! És um bom filho, Deus vai-te pagar.
Quando se foram deitar, dava gosto de ouvir o pai a agradecer a Deus por lhe ter dado um filho tão bom e o filho a pedir a Deus que lhe desse saúde para ajudar o seu pai.

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