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quarta-feira, 12 de maio de 2010


Adeus, adeus ó Bragança

Adeus, adeus ó Bragança,
Soldados de Infantaria,
Adeus pai e adeus mãe,
Adeus até um dia.

Toma lá este rosário,
Mete-o à tua algibeira,
Quando rezares aplica-o,
Á senhora da Ribeira.

A senhora da Ribeira,
A senhora Santa Ana,
Que nos livre das granadas,
E do poder da Alemanha.

Pôs-se como uma fera,
O imperador da Alemanha,
Ele queria conquistar o mundo,
Nesta horrível campanha.

Quando chegamos à França,
Não nos lembra de desertar,
Só nos lembra de ir para a fila,
Contra os alemães batalhar.

Das janelas do comboio,
Disse adeus ao regimento,
Adeus cidade de Bragança,
Adeus praças do meu tempo.

O meu pai já é velhinho,
Já não pode trabalhar,
O remédio é morrer,
Num cantinho a chorar.

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