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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Capítulo 47:
Causas da Queda da Monarquia

No ultimo quartel,
Do século dezanove,
A burguesia estava rica,
O povo continuava pobre.

Com o comércio e a industria,
A burguesia enriquecia,
O pobre povo coitado,
Da pobreza não saia.

Havia descontentamento,
De muitas populações,
Para a queda da monarquia,
Apontam-se estas razões:

A Inglaterra lançou,
Um ultimato a Portugal,
O rei dom Carlos cedeu,
As coisas correram mal.

O povo não aceitou,
O ultimato estrangeiro,
E logo se revoltou,
No trinta e um de janeiro.

No Porto os republicanos,
Foram então derrotados,
Uns foram para a prisão,
Outros foram exilados.

O ultimato inglês,
Provocou contestação,
Mas o défice financeiro,
Empobrecia a Nação.

Dom Carlos queria touradas,
Desportos e passear,
Deu poderes a João Franco,
Para o País governar.

As Potências Europeias,
Tinham grandes pretensões,
Para o continente africano,
Mandavam expedições.

Mandavam expedições,
Com caminhos estudados,
Procuravam matérias-primas,
Mão-de-obra e mercados.

Portugal também mandou,
Para o continente Africano,
Algumas expedições,
Que duraram alguns anos.

Cerpa Pinto e Capelo,
Partiram num barco chique,
Chegaram ao Litoral,
De Angola e Moçambique.

Fizeram-se neste século,
Viagens de exploração,
Ocupando regiões ricas,
De ouro, diamantes e algodão.

A Conferência de Berlim,
A África repartia,
Pelas Potências Europeias,
Que jogavam à corrida.

O mapa cor-de-rosa,
Portugal elaborou,
Mas a Inglaterra invejosa,
Logo, logo reclamou.

O mapa cor-de-rosa,
Defendia o espaço português,
Que era cobiçado,
Pelo governo Inglês.

Criaram-se alguns partidos,
Republicano e Socialista,
Defendiam suas ideias,
Nos jornais e nas revistas.

Apareceu a carbonária,
Também a maçonaria,
Ajudaram os republicanos,
A derrubar a monarquia.

Dom Carlos o magnata,
Um rei de muito valor,
Teve espingardas de prata,
Não foi um bom caçador.

João Franco foi contestado,
Pelo povo, nessa altura,
O rei delegou-lhe poderes,
Implantou uma ditadura.

Nas mãos de João Franco,
Delegou muito poder,
Implantou a ditadura,
E fez o povo sofrer.

Havia oposição,
De republicanos e maçonaria,
Que desejavam acabar,
Com o fim da monarquia.

Em mil novecentos e oito,
No dia dois de fevereiro,
Mataram o rei Dom Carlos,
E o seu filho herdeiro.

Na Praça do comércio,
Dom Carlos o martirizado,
Ao chegar de uma caçada,
Nessa praça foi caçado.

A rainha Dona Amélia,
Ficou doente e sem brilho,
No atentado perdeu,
Seu marido e filho.

Subiu ao trono Dom Manuel,
Muito jovem sem experiência,
Delegou poderes a nobres,
Que não tinham competência.

Dom Manuel o desterrado,
Foi banido de Portugal,
Foi exilado no estrangeiro,
Ele e a família real.

Manuel segundo foi,
Um rei sem futuro e esperança,
Foi o ultimo monarca,
Da Dinastia de Bragança.
Ferreira Augusto

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