Capítulo 45:
A vida quotidiana no campo
A vida quotidiana no campo
Ao longo do
século dezanove,
Na segunda
metade,
Sofreu
grandes alterações
Toda a
sociedade.
Houve
organização,
Na sociedade
portuguesa.
Perderam
muita importância,
O clero e a
nobreza.
A nobreza
nesse tempo,
Perdeu
alguns rendimentos.
As classes
religiosas,
Ficaram sem
seus proventos.
A burguesia
então,
Ganhou
bastante riqueza,
No comércio
e indústria,
E na banca
portuguesa.
O povo
trabalhador,
Diferente
nunca mais,
Começou a
ter direitos,
Políticos e
sociais.
Quer no campo,
ou na cidade,
O pobre povo
coitado,
Vivia com
dificuldades,
Por vezes
era explorado.
O camponês
neste tempo,
Vivia
pobremente,
Trabalhava o
dia inteiro,
Sempre
alegre e contente.
Pagava
rendas ao senhor,
Com animais
ou dinheiro,
Quase não
ficava nada,
Para o ano
inteiro.
Trabalhava
na agricultura,
E na criação
de gado;
Trabalhava
de sol a sol,
Sem receber
ordenado.
Tinham de
lavrar a terra,
E fazer as sementeiras,
Ceifar e
cortar a lenha,
Malhar o
milho nas eiras.
Três coisas
pede o criado,
Ao amo que o
alimenta,
Boa cama,
melhor mesa,
E uma leve
ferramenta.
As casas
onde viviam,
Eram feitas
de madeira,
Tinham uma
sala pequena,
Uma cozinha
e uma lareira.
A sua
alimentação,
Era um pouco
variada,
Comiam pão
centeio,
E uma
sardinha salgada.
Também
comiam, pão de milho,
Vinho que molhava
a boca,
Toucinho e
azeitonas,
E por vezes
uma sopa.
O vestuário
do povo.
Quer de
inverno ou verão,
Por vezes ia
variando,
De região para
região.
Os ranchos folclóricos,
De região
para região,
Vão recriando
os trajes,
E mantendo a
tradição.
Os trajes
são preservados
Conforme as
regiões,
Trajes de
festas e feiras,
Romarias e
procissões.
Na aldeia
nesse tempo,
Ao domingo
ninguém trabalhava,
Cantavam ao
desafio,
Jogavam o
jogo da malha.
Havia festas
na aldeia,
Os jogos e
as desfolhadas.
Serões e
bailaricos,
Concertinas
e desgarradas.
A gente
fugiu do campo,
Para a
cidade podem querer,
Pois o pouco
que ganhavam,
Não dava
para viver.
Muitos sem
eira, nem beira,
Saiam para o
litoral,
Abandonavam
as terras,
Deu-se o êxodo
rural.
Uns migraram
para Lisboa,
Outros para além do mar.
Fixaram-se
no Brasil,
Com
esperança de voltar.
Uns partiram
da Madeira,
Outros
partiram do Minho.
Partiam com
esperança,
De voltar ao
seu cantinho.
O destino dos
emigrantes,
Que saiam de
Portugal,
Era os Estados
Unidos,
Outros a
América Central.
Os que foram
para o Brasil,
Souberam
enriquecer,
Regressavam
com dinheiro,
Para a terra
que os viu nascer.
A ideia do
brasileiro,
Era um solar
comprar,
Uma casa
luxuosa,
Para poderem
habitar.
Quando
chegava um brasileiro,
À sua terra
Natal,
Havia muita
alegria,
Festa com
arraial.
O brasileiro
ao chegar,
Matava sua
saudade,
Distribuía
dinheiro,
Por casas de
caridade.
O brasileiro
ao chegar,
Construía
palacetes,
Distribuía
dinheiro,
Pelas famílias
carentes.
Ao chegar um
brasileiro,
Havia imensa
alegria,
Os que não
tiveram sucesso,
Já mais a família
os via.
Ferreira
Augusto
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