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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Capítulo 24:
Expansão Portuguesa

Portugal foi pioneiro,
Na história da expansão,
A todo o estrangeiro,
Portugal deu uma lição.

Por esses rios acima,
Com barcos bem equipados,
Vão os nossos marinheiros,
Por mares nunca navegados.

A expansão portuguesa,
Seguiu duas linhas retas,
O caminho das conquistas,
O rumo das descobertas.

O infante Dom Henrique,
Foi o grande impulsionador,
Desbravou a costa Africana,
Foi além do Bojador.

À procura de glória e fama,
Vão os nossos navegantes,
Desbravando a costa africana
Sem ter medo dos gigantes.

Ao largo do oceano,
Avistaram ilhas desertas,
Que outrora foram vistas,
Foram agora redescobertas.

Gonçalo Zarco e Perestrelo,
E Tristão Vaz Teixeira,
Redescobriram Porto Santo,
Junto à Ilha da Madeira.

Passados sete anos,
Com outros Navegadores,
Redescobriram outras ilhas,
Às quais chamaram Açores.

Pensaram ir mais além,
E sem ter medo do mar,
Mas o cabo bojador,
Era difícil de ultrapassar.

Gil Anes, navegante,
Dobrou o cabo bojador,
Não teve ele medo do mar,
Nem do gigante Adamastor.

Com as ondas inquietas,
Ventos contrários e chuva,
Desenvolveram a técnica,
Navegar em singadura.

Com o mar alteroso,
Navegavam em ziguezague,
Foi um feito glorioso,
Da história não se apague.

Os portugueses inventaram,
A navegação à bolina,
Sem ter medo dos ventos,
Da chuva e da neblina.

Para além do bojador,
Não havia águas ferventes;
Nem diabos nem mostrengos,
Nem sereias, nem serpentes.

O Infante Dom Henrique,
Foi exímio marinheiro,
Fundou a escola em Sagres.
Foi invejado no estrangeiro.

O Infante Dom Henrique,
Chegou à serra Leoa,
Tem o seu nome gravado,
Numa praça de Lisboa.

Os marinheiros portugueses,
Por aqui não pararam,
Com outros navegantes,
Para a frente continuaram.

À foz do rio zaire,
Chegou o Diogo Cão,
Para o Reino ele voltou,
Sem trazer triunfo na mão.

Encontraram outro cabo,
Difícil de ultrapassar,
Não era culpa dos homens,
Mas era culpa do mar.

Fizeram-se tentativas,
Quer ao sol, quer ao luar,
E coube a Bartolomeu,
Esse cabo dobrar.

Era o cabo das tormentas,
Onde qualquer nau balança,
Depois de ser ultrapassado,
Cabo da boa esperança.

Nossos homens alcançaram,
Outros mares, outras ilhas,
Ficou tudo assinado,
No Tratado de Tordesilhas.

Cristóvão, também chegou,
Nesta época às Antilhas,
João Segundo reclamou,
Para Portugal essas ilhas.

O Rei Dom João segundo,
Calou-se guardou sigilo,
Durante a expansão,
E o achamento do Brasil.

Deram-lhe o cognome,
De Príncipe Perfeito,
No seu tempo ele trouxe,
À Pátria muito proveito.

O Tratado de Tordesilhas,
João segundo assinou.
Dividido em duas partes,
Nesse ano o Mundo ficou.

João segundo casou,
Com Leonor de Lencastre,
Foi astuto na expansão,
Ai teve engenho e arte.

Leonor de Lencastre,
Foi Rainha sofredora,
Criou as misericórdias,
Dos pobres foi protectora.

Não deixaram herdeiro ao trono,
Pois o seu filho morreu,
Caiu de cavalo abaixo,
Coitado, não sobreviveu!

Herdou o trono dom Manuel,
Por ser primo e cunhado,
Foi feliz na expansão,
Viveu um longo Reinado.

Partiu o Vasco da Gama,
Com outra expedição,
Chegar desta vez à Índia,
Era a sua missão.

Vasco da Gama e seus homens,
Sofreram a dor do escorbuto,
Morreram dezenas de homens,
Ficaram mulheres de luto.

Vasco da Gama descobriu,
O caminho que faltava,
Caminho marítimo para a Índia,
Terra que o Rei procurava.

Com Pedro Alvares Cabral,
No ano de mil e quinhentos,
Ele descobriu o Brasil,
Findaram os descobrimentos.

Pedro Alvares levava,
Consigo um escrivão,
Pêro Vaz de Caminha,
Para descrever a Expedição.

Pêro Vaz descreveu,
Um dia lindo de abril,
Toda a festa que fizeram,
Ao chegarem ao Brasil.

Os olhos dos marinheiros,
Soltavam raios de luz,
E deram àquela terra,
O nome de Vera Cruz.

A descoberta do Brasil,
Foi um facto fenomenal,
Grande honra recebeu,
O Reino de Portugal.

Os Marinheiros portugueses,
Partiam com ambições,
Nas terras onde aportavam,
Erguiam altos padrões.

Nos finais de mil e quatrocentos,
Portugueses e Espanhóis,
Chegaram ao novo Mundo,
Ficaram super-heróis.

Por terra também partiram,
 Naquela ocasião,
Pêro, e Afonso de Paiva,
Em busca do Preste João.

Por terra também partiram
Dois mestres de talento,
Chegar por terra à Índia,
Era o seu intento.

Partiram em busca da Índia,
Numa formosa manhã,
O mestre Afonso de Paiva,
E Pêro da Covilhã.

Perderam-se no deserto,
Seguiram caminhos errados,
Por essas bandas andavam,
Muçulmanos bem armados.

A Portugal não voltaram,
Esses valentes caminhantes,
Seus corpos por lá ficaram,
Lá nessas terras distantes.

O vento soprou, soprou,
Contrário todos os dias,
Não os deixando chegar,
À terra das especiarias.

Ainda hoje não se sabe,
Aquilo que se passou,
Buscaram e rebuscaram,
Deles nada se encontrou.

Pêro foi para a Etiópia,
Onde casou teve filhos,
Paiva dele se separou,
Perdeu-se por esses trilhos.

Aventureiros sem glória,
Seus nomes não são esquecidos,
Foi curta a história,
Desses homens aguerridos.

Afonso segundo o gordo,
Dom Pedro o justiceiro,
Dom Duarte o eloquente,
Manuel primeiro, Aventureiro.
Ferreira Augusto

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