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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Capítulo 7:
A Vida Quotidiana do Camponês

A vida em Portugal,
Era muito diferente,
Na Época Medieval,
Quer na terra fria, ou terra quente.

A casa do camponês,
Era mesmo um desconsolo,
Feita de pedra e madeira,
O telhado era de colmo.

A casa era pequena,
Feita em terra batida,
Tinha apenas uma sala,
Onde, se dormia e comia.

A enxerga era de palha,
Onde a família dormia,
A mobília era pouca,
Pouca era a comida.

A casa era pequena,
Dormiam filhos e pais,
Óh quantas vezes ao lado,
Também dormiam animais.

Comia pão muito negro,
Com cebola, alho e toucinho,
Para os dias de festa,
Carne, ovos e peixinho.

O camponês vestia,
Roupas de pano grosseiro,
Tanto vestia em agosto,
Como no mês de janeiro.

O camponês português,
Não vestia cueca.
Usava chapéu de palha,
Para tapar a “careca”.

As roupas das mulheres,
Eram muito coloridas,
Muitas vezes iam a festas,
Nem despidas, nem vestidas.

As mulheres vestiam,
Peças de linho e de lã,
Que eram feitas em casa,
Pela avó, ou irmã.

O homem vestia peles.
Quer o pobre, quer o rico,
Peles de raposa ou lebre,
De carneiro ou cabrito.

Alguns calçavam sandálias,
Apertadas com “baraço”,
Quem não tivesse dinheiro,
Andava sempre descalço.

Os camponeses tinham,
Algumas diversões,
Iam a festas e romarias,
A missas e procissões.

Também iam a festas,
Que o Rei organizava,
A um grande acontecimento,
Ou quando um filho se casava.

As pessoas nessa época,
Eram muito religiosas,
Tinham ermidas e capelas,
Igrejas grandiosas.

Também eram supersticiosas,
As pessoas nesse tempo,
Confundiam a magia,
Com outros acontecimentos.

Mesmo assim era feliz,
Cantava o dia inteiro,
Com a barriga vazia,
E a carteira sem dinheiro.

Trabalhava para o Rei,
Para o senhor e o nobre,
Não tinha nada de seu,
O camponês era pobre.

Em agosto ia ao trigo,
A renda no São Miguel;
Em dezembro as galinhas,
Para o senhor esticar a pele.

Mas que triste existência,
Dizia o camponês,
Vai tudo para o senhor,
Quando chega o fim do mês.

Ferreira Augusto

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